Discurso de Michael Moore na premiação do Oscar, em 2003"Convidei meus colegas documentaristas para estarem comigo aqui no palco em solidariedade, porque nós todos gostamos de não-ficção, e nós vivemos em um tempo de ficção. Nós vivemos em um tempo em que resultados fictícios de uma eleição proclamam um presidente fictício. Vivemos em um tempo em que esse homem nos leva a uma guerra por razões fictícias, enquanto nos oferece a ficção da fita de vedação e do alerta laranja. Nós somos contra essa guerra, Sr. Bush. Tome vergonha, Sr Bush. Tome vergonha na cara."
No livro e no filme Moore defende que Bush chegou ao poder graças a manipulações eleitorais de seus parentes e sócios e que a guerra do Iraque foi planejada por razões econômicas com o objetivo de obter o petróleo desse país; analisa os discursos do presidente dos EUA e os contrapõe a imagens e depoimentos que contradizem suas palavras; e revela as relações pessoais e financeiras que unem a família Bush e seus sócios à família real da Arábia Saudita e à família bin Laden. Livro e documentário apresentam como prova destas estreitas relações o fato de que depois dos atentados, e quando o espaço aéreo dos EUA estava fechado, membros da família bin Laden puderam deixar o país sem serem interrogados pelo FBI.Um dos momentos mais impressionantes é o que mostra a colisão dos aviões contra as torres gêmeas do World Trade Center. Ao invés de imagens, entra apenas o áudio, com a tela preta, o que reforça a dramaticidade do momento.
Fahrenheit 11 de Setembro ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes e foi visto por mais de 117 milhões de espectadores só nos Estados Unidos. É o documentário de maior sucesso ns história do cinema. Um filme que merece ser visto e revisto muitas vezes, uma análise fria e realista da história contemporânea.
Fonte
http://www.michaelmoore.com.br
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