A palavra Páscoa vem do aramaico pashã, cujo sentido original é muito discutido. Pode significar "saltar". Pessach (do hebraico, passagem) é a passagem do sol pela constelação do carneiro ou da lua pelo seu ponto mais alto. Celebra e recorda a libertação do povo de Israel do Egito, conforme narrado no livro de Êxodo.
De acordo com os Evangelhos, a prisão, condenação, flagelação e a morte de Cristo coincidiram com a festa em que os judeus comemoravam a libertação do cativeiro egípcio, a sua Páscoa (Comemorada na primeira lua cheia da primavera para quem mora no hemisfério norte e na primeira lua cheia do outono para quem mora no hemisfério sul). É por este motivo que, posteriormente, se ligou o episódio da ressurreição de Jesus à Páscoa, tendo a liturgia Católica a adotado em seu calendário.
Enquanto para o Judaísmo, Pessach representa a libertação do povo de Israel no Egito, no Cristianismo a Páscoa representa a morte e ressurreição de Cristo.
Páscoa para os Judeus
De acordo com a tradição, a primeira celebração de Pessach ocorreu há 3500 anos, quando Deus enviou as "Dez pragas do Egito" sobre o povo do Egito. Antes da décima praga, o profeta Moisés foi instruído a pedir para que cada família hebréia sacrificasse um cordeiro e molhasse os mezuzót das portas, para que não fossem acometidos pela morte de seus primogênitos.
Chegada a noite, os hebreus comeram a carne do cordeiro, acompanhada de pães ázimos e ervas amargosas como o rábano, por exemplo. À meia-noite, um anjo enviado por Deus feriu de morte todos os primogênitos egípcios, desde os primogênitos dos animais até mesmo os primogênitos da casa do Faraó. Então o Faraó, temendo ainda mais a Ira Divina, aceitou liberar o povo de Israel para adoração no deserto, o que levou ao Êxodo.
Como recordação desta liberação, e do castigo de Deus sobre o Faraó, foi instituído para todas as gerações o sacríficio de Pessach.
A Páscoa para os Cristãos
Jesus recebeu sua pena de morte no exato instante em que tocou na soberba dos poderosos, ao purificar o Templo [Lucas 19,28-48]; o regime político vigente, baseado no terror, não podia suportar aquela confrontação.
Existem ainda alguns dos objetos que marcaram a Crucificação. Processo hoje mais bem conhecido, sabemos que é demorado e desgastante, pois que a vítima morre lentamente (levando mesmo alguns dias, culminando por infarto e asfixia, colapso circulatório e respiratório); no final, geralmente, as pernas eram quebradas de marreta, para acelerar o fim.
Recentemente foi encontrado o corpo de um homem, o único da História inequivocamente crucificado. Semita, de nome Ezequiel, as pernas foram serradas, o calcannhar trespassado por um cravo, a que ainda se prende um fragmento de cruz.
Via Crucis
A Via Crucis é o trajeto seguido por Jesus Cristo carregando a cruz que vai do Pretório até o Calvário. O exercício da Via Sacra consiste em que os fiéis percorram mentalmente a caminhada de Jesus a carregar a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente a Paixão do Cristo.
Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII): os fiéis que então percorriam na Terra Santa os lugares sagrados da Paixão de Cristo, quiseram reproduzir no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém. O número de estações ou passos dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma atual, de quatorze estações:
01: Jesus é condenado à morte
02: Jesus carrega a cruz às costas
03: Jesus cai pela primeira vez
04: Jesus encontra a sua Mãe
05: Simão Cirineu ajuda a Jesus
06: A Verônica limpa o rosto de Jesus
07: Jesus cai pela segunda vez
08: Jesus encontra as mulheres
09: Terceira queda de Jesus
10: Jesus é despojado de suas vestes
11: Jesus é pregado na cruz
12: Jesus morre na cruz
13: Jesus morto nos braços de sua Mãe
14: Jesus é enterrado
O Santo Sudário
Existe também o Sudário em Turim. Mostra um outro homem crucificado, são os dois únicos testemunhos deste gênero de morte. Um pano de 4m X 1,10m, de linho, mesopotâmico; autêntico. Do séc. primeiro, marcado pela imagem (de origem desconhecida) de um homem semita-caucasiano, judeu, piedoso, nazareno (ostenta sinais típicos desta condição). Alto (1,80 m), cerca de 35 anos.
Morreu de infarto, muito provavelmente, após crucificado. Antes de morrer, foi açoitado por chicotes; recebeu na cabeça uma coroa ou capacete de espinhos; teve ombros e costas esfolados por alguma coisa dura, áspera e pesada. Caiu ao transportá-la; quebrou o nariz e esfolou o joelho. Após a morte teve coração e pulmões perfuradaos por objeto ponteagudo que lhe abriu o lado, fazendo vazar sangue e soro, ainda estampados na figura.
O "homem do Sudário" provinha do vale do Jordão, pelo menos, da Palestina às margens do mar Morto. Caminhava a pé e descalço, antes da morte. Neste pano existe sangue humano, poeira, pólen, areia e terra, marcas de fogo (sofreu incêndio) e de água (sofreu enchente). Ostenta a marca de um corpo, produzida por oxidação de origem desconhecida. Não é pintura, nem sangue. Não sai com lavagem. É superficial; não penetrou o outro lado do pano, nem mesmo, as derradeiras camadas da trama. Parece ligeira queimadura de ferro elétrico.
Em si mesmo, o pano tem uma história misteriosa. Apareceu na idade Média, na herança de um cavaleiro francês que estivera nas Cruzadas. Parece que passou por Éfeso, Constantinopla, França e Itália. Houve muitas guerras a seu redor.
Ovos de Páscoa
O hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã. O hábito de trocar ovos de chocolate surgiu na França. Antes disso, eram usados ovos de galinha para celebrar a data. A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito antiga.
Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-os com beterrabas. Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.
Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus. Pintava-se os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.
Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate.
Fontes
Festividade Cristã
O Cristo histórico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessach
http://pt.wikipedia.org/wiki/Via_Crucis
ttp://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa#Ovo_de_P.C3.A1scoa
Filme "Jesus - A maior história de todos os tempos"
Nenhum comentário:
Postar um comentário