terça-feira, outubro 25, 2005

1950 - O casal Trent

Terminava o dia de 11 de maio de 1950 com o céu enconberto. Eram 19:30 horas e a senhora Trent seguia seu hábito diário de ir alimentar seus coelhos, que ficam num viveiro no quintal. Sua casa se situada a uns 16 quilômetros ao sudoeste de McMinniville, Oregon (EUA). O marido, Paul Trent, permanece dentro da casa, possivelmente dedicado a algum trabalho. Porém naquele dia aconteceu algo inusitado: a senhora Trent observa um objeto estranho que se deslocava em direção noroeste. A estranha presença do objeto fez com que a senhora saisse correndo a procura do marido. Paul Trent vai até o quintal com sua esposa e observa também o UFO, que lentamente segue seu deslocamento.

Naquele instante, Paul Trent lembrou que no seu carro tinha uma máquina fotográfica e saiu para procurá-la, enquanto que sua esposa lhe diz que a mesma se encontrava na casa. Paul entra em casa, apanha a câmera e começa a focar o objeto. A câmera estava carregada com um filme que ainda tinha duas ou três fotos disponíveis. Enquanto isso, o UFO se aproxima lentamente e agora o casal Trent podia observá-lo com maior nitidez: era prateado, brilhante e não deixava qualquer rastro de fumaça no seu silencioso vôo. O objeto estava girando e, nesse instante, Paul bate a primeira fotografia. Em seguida, o UFO acelera girando para o norte, momento em que Paul bate a segunda fotografia. Neste clássico caso ufológico, há dois fatos que contribuem para a sua credibilidade:


01 – A terceira e última foto do filme dos Trent não foi utilizada até três dias depois (dia das Mães).

02 – Bill Power, o autor do artigo que daria publicidade ao caso, afirmou que encontrou os negativos no chão do escritório de Paul, embaixo da mesa onde as crianças estiveram brincando.

O caso das fotografias do casal Trent foi investigado pelo Comitê Condon, sendo seu resultado surpreendente, já que não se pôde encontrar nada que evidenciasse um truque ou má fé por parte das testemunhas. De fato, a análise dos negativos deu resultado comprovando que o objeto era assimétrico e que ambas as fotografias podiam superpôr-se, coincidindo nos seus mínimos detalhes.

Era impossível que se tratasse de uma miniatura lançada ao ar, a qual deveria ter estado dotada de um mínimo de movimento rotativo, que teria impossibilitado esta circunstância. Segundo as declarações das testemunhas, Paul Trent teve que mexer-se para a direita, caso contrário a casa teria ocultado o objeto. As fotografias confirmam este fato.

A análise global dos negativos, depois de ser comprovada a fotometria, índice de brilho, etc, concluía textualmente:

"É um dos poucos informes sobre UFOs no qual todos os fatores estudados, sejam geométricos, psicológicos e físicos, estão em perfeito acordo com a hipótese segundo a qual um extraordinário objeto voador prateado, metálico, em forma de disco, de aproximadamente uns trinta metros de diâmetro e evidentemente artificial, foi observado pelas testemunhas".

Ampliação

Durante anos, desde que as fotografias foram publicadas, numerosos investigadores entrevistaram pessoalmente os Trent. O primeiro entrevistador foi William Powell. Ele ficou convencido que os Trent falaram a verdade, como publicou no jornal o editor P. Bladine. O banqueiro, F. Wortmann (já falecido), mais tarde escreveu, em 1969, ao Dr. James McDonald que Paul Trent

"é um indivíduo em que pode ser confiado sem qualquer pergunta".

Em um "pequeno e inteligente relatório", enviado ao Escritório de Investigações Especiais da Força Aérea, o sargento L. J. Hyder se referiu ao casal Trent como

"cidadãos significativos, sólidos e honrados da comunidade".

O Frank Halstead, um astrônomo, entrevistou os Trent em 1958 e declarou em uma carta para major Donald Keyhoe, que

"eles pareciam ser pessoas muito sinceras".

A carta de Halstead contém a primeira referência para uma possível investigação realizada por parte do FBI sobre os Trent. Em 1967, Hartmann entrevistou os Trent durante a análise das fotos deles para o Comitê Condon. Ele ficou impressionado pela falta de interesse econômico dos Trent nas fotos, como comprovou, pelo fato de que o senhor Paul Trent nem mesmo desceu do trator dele enquanto Hartmann o estava entrevistando.
Em 1969, o Dr. McDonald teve algumas conversas telefônicas com os Trent e concluiu:

"Eu os acho serem o tipo das pessoas que dificilmente poderiam levar isso como uma brincadeira imaginativa ou invenção".

Bruce Maccabee fez vinte e seis entrevistas, por telefone, com a senhora Trent, durante o período 1974 a 1977. Durante este tempo, ela manteve a consistência em seu depoimento, como era esperado, em relação ao avistamento. Ela também informou que tinha uma nova informação em resposta para certas perguntas, que nunca antes tinha sido perguntada, como perguntas sobre as atividades diárias típicas deles e o envolvimento de qualquer parente e amigos no resultado do avistamento.

A senhora Trent declarou que, algum tempo depois em que as fotos foram publicadas, uma senhora fazendeira, que morava algumas milhas distante de sua residência, em 1950, contou para senhora Trent que ela também tinha visto o estranho objeto, parecido com um pára-quedas. A senhora Trent também pensa que sua mãe poderia ter visto o objeto. Infelizmente o pai de Paul Trent já tinha falecido na época da entrevista do Hartmann, a senhora que era vizinha dela, de acordo com senhora Trent, ainda estava viva. Infelizmente, Hartmann não perguntou para semhora Trent se ela sabia de outra testemunha.

A senhora Trent passou por dois testes PSE (Psychological Stress Evaluator – Avaliação de Stress Psicológico), conforme declarações que ela fez relativo ao avistamento. Na opinião dos analistas de PSE, ela não mostrou nenhuma tensão notável quando respondia quaisquer das perguntas relativas ao avistamento e eventos associados (por exemplo, outra testemunha, atividades diárias, etc). Assim, parece que aquela conclusão oficial do senhor Hartmann ainda é válida (conclusão positiva sobre a validade do caso).

Para mais informações acesse infa.com.br

Nenhum comentário: