segunda-feira, outubro 31, 2005

1958 - O Caso Trindade

No dia 16 de janeiro de 1958, um evento ufológico de grande importância ocorreria próximo da ilha de Trindade. A de um navio de Guerra da Marinha do Brasil, estava o fotógrafo profissional Almiro Baraúna.

Por volta do meio-dia, um objeto que se aproximava despertou a atenção da tripulação que, por sua vez, chamou Baraúna. Este, relatou o que observou: um objeto muito brilhante que foi se aproximando e que por alguns instantes ficou estacionário sobre a ilha, para depois desaparecer em grande velocidade no horizonte, deixando um risco branco no céu.

Baraúna tirou um total de 6 fotos, das quais 4 mostravam bem o objeto. O comandante do navio, Capitão Bacellar, ordenou que o filme fosse imediatamente levado para a câmara escura do navio, para que fosse revelado. A Marinha classificou os filmes como autênticos e posteriormente, o presidente da república, Sr. Juscelino Kubitschek liberou os filmes para a imprensa, com o reconhecimento oficial do UFO.

O objeto registrado, em forma de planeta Saturno, veio do mar, sobrevoou a ilha, passou sobre a ponta da Crista do Galo e depois sobre o monte Desejo, e escondeu-se atrás de um morro. Mas reapareceu novamente do outro lado, retornou para o mar, parou e em seguida disparou em altíssima velocidade, como se fosse um foguete.

Era completamente silencioso. O fato não durou mais que 14 segundos, mas 48 testemunhas observaram tudo o que aconteceu, perplexas, e entre elas marinheiros, sargentos e oficiais. Como civis, estavam no navio advogado, capitão da reserva da FAB, industrial, diretor de um Aeroclube carioca, e um professor de geologia. Todos eram da equipe do Clube de Caça Submarina de Icaraí, em Niterói (RJ).

O negativos e fotos foram exaustivamente analisados pelo Laboratório de Reconhecimento Aéreo da Marinha e pelo Serviço Aerofotogramétrico Cruzeiro do Sul. Todo o material foi considerado absolutamente genuíno e produto de uma ocorrência real, contando com o testemunho de militares experimentados e profissionais idôneos.

A evidência fotográfica foi repercutida no Jornal Correio da Manhã do dia 21 de fevereiro daquele ano. Quatro dias depois, a agência de notícias internacionais United Press tratou do caso afirmando que o Ministério da Marinha do Brasil confirmava a autenticidade das fotos de um UFO e, por conseguinte, da existência de UFOs.

Até hoje, pela confirmação das testemunhas e pelo reconhecimento oficial, as fotos de Almiro Baraúna continuam sendo uma das melhores evidências da existência de objetos voadores não identificados.

sexta-feira, outubro 28, 2005

Cientistas criam controle remoto para humanos

A responsável pela original criação é a Nippon Telegraph & Telephone Corp. (NTT), maior companhia de telefonia do Japão.

O "controle remoto para pessoas" funciona da seguinte maneira: um headset especial é colocado na cabeça delas, e emite correntes elétricas de baixíssima voltagem, tanto da esquerda para a direita quanto da direita para a esquerda. Tudo vai depender do que a pessoa que está com o controle deseja. Sim, porque dependendo do comando que ela executa, a eletricidade vai influenciar o cérebro da pessoa a querer ir para um determinado lado.

A inveção foi matéria da revista internacional NewScientist.
O mecanismo funciona através de estímulos do sistema vestibular, espécie de tubos internos da região da orelha preenchidos com fluidos que dão a noção de equilíbrio ao corpo humano.

A tecnologia, conhecida como Galvanic Vestibular Stimulation (GVS), permite influenciar no equilíbrio da pessoa, que tende a desviar-se para direita ou esquerda a fim de retornar a estabilidade.

O projeto foi revelado no dia 2 de agosto em uma feira de tecnologia realizada em Los Angeles, onde voluntários experimentaram o invento. Os desenvolvedores acreditam que o sistema poderá ser usado inicialmente para tornar jogos eletrônicos mais reais. Em um jogo de corrida, por exemplo, o jogador poderá sentir o desvio da gravidade em caso de uma curva fechada. Apesar da aplicabilidade nos games ser algo evidente, alguns especialistas alertam para o risco de lesão do tecido em caso de uso freqüente do GVS.

Sua aplicação, contudo, também pode significar uma esperança no tratamento de pessoas com problemas no sistema vestibular. Apesar do uso comercial ser ainda teórico, uma patente datada de 1990, nos Estados Unidos, já prevê os direitos sobre o uso do GVS como ferramenta em sistemas de realidade virtual


Fontes
http://idgnow.uol.com.br/AdPortalv5/DiversaoInterna.aspx?GUID=621A2F1B-1B9D-4643-9F00-724F7CABF268&ChannelID=2000010
http://br.news.yahoo.com/051026/7/ypzo.html


Observações
Até agora não havia qualquer evidência científica de que uma pessoa pudesse ser manipulada dessa forma, coincidência ou não, a CIA estava trabalhando em algo muito parecido: o projeto MK-ULTRA, que durou, oficialmente, de 1953 a 1973.

Em 74, o MK-ULTRA foi exposto ao público por uma investigação do Senado norte-americano. O objetivo do projeto era "ganhar controle sobre o comportamento humano", através do uso de drogas (como o LSD) e outras "técnicas", aplicadas em seres humanos - voluntários ou nem tanto.

Oficialmente, o programa não produziu qualquer resultado prático - algumas pessoas ficaram loucas, outras muito machucadas, mas ninguém se tornou "controlável".


Referência no "Arquivo X"
Assita ao 3º episódio da segunda temporada, chamado "Sangue".

terça-feira, outubro 25, 2005

1950 - O casal Trent

Terminava o dia de 11 de maio de 1950 com o céu enconberto. Eram 19:30 horas e a senhora Trent seguia seu hábito diário de ir alimentar seus coelhos, que ficam num viveiro no quintal. Sua casa se situada a uns 16 quilômetros ao sudoeste de McMinniville, Oregon (EUA). O marido, Paul Trent, permanece dentro da casa, possivelmente dedicado a algum trabalho. Porém naquele dia aconteceu algo inusitado: a senhora Trent observa um objeto estranho que se deslocava em direção noroeste. A estranha presença do objeto fez com que a senhora saisse correndo a procura do marido. Paul Trent vai até o quintal com sua esposa e observa também o UFO, que lentamente segue seu deslocamento.

Naquele instante, Paul Trent lembrou que no seu carro tinha uma máquina fotográfica e saiu para procurá-la, enquanto que sua esposa lhe diz que a mesma se encontrava na casa. Paul entra em casa, apanha a câmera e começa a focar o objeto. A câmera estava carregada com um filme que ainda tinha duas ou três fotos disponíveis. Enquanto isso, o UFO se aproxima lentamente e agora o casal Trent podia observá-lo com maior nitidez: era prateado, brilhante e não deixava qualquer rastro de fumaça no seu silencioso vôo. O objeto estava girando e, nesse instante, Paul bate a primeira fotografia. Em seguida, o UFO acelera girando para o norte, momento em que Paul bate a segunda fotografia. Neste clássico caso ufológico, há dois fatos que contribuem para a sua credibilidade:


01 – A terceira e última foto do filme dos Trent não foi utilizada até três dias depois (dia das Mães).

02 – Bill Power, o autor do artigo que daria publicidade ao caso, afirmou que encontrou os negativos no chão do escritório de Paul, embaixo da mesa onde as crianças estiveram brincando.

O caso das fotografias do casal Trent foi investigado pelo Comitê Condon, sendo seu resultado surpreendente, já que não se pôde encontrar nada que evidenciasse um truque ou má fé por parte das testemunhas. De fato, a análise dos negativos deu resultado comprovando que o objeto era assimétrico e que ambas as fotografias podiam superpôr-se, coincidindo nos seus mínimos detalhes.

Era impossível que se tratasse de uma miniatura lançada ao ar, a qual deveria ter estado dotada de um mínimo de movimento rotativo, que teria impossibilitado esta circunstância. Segundo as declarações das testemunhas, Paul Trent teve que mexer-se para a direita, caso contrário a casa teria ocultado o objeto. As fotografias confirmam este fato.

A análise global dos negativos, depois de ser comprovada a fotometria, índice de brilho, etc, concluía textualmente:

"É um dos poucos informes sobre UFOs no qual todos os fatores estudados, sejam geométricos, psicológicos e físicos, estão em perfeito acordo com a hipótese segundo a qual um extraordinário objeto voador prateado, metálico, em forma de disco, de aproximadamente uns trinta metros de diâmetro e evidentemente artificial, foi observado pelas testemunhas".

Ampliação

Durante anos, desde que as fotografias foram publicadas, numerosos investigadores entrevistaram pessoalmente os Trent. O primeiro entrevistador foi William Powell. Ele ficou convencido que os Trent falaram a verdade, como publicou no jornal o editor P. Bladine. O banqueiro, F. Wortmann (já falecido), mais tarde escreveu, em 1969, ao Dr. James McDonald que Paul Trent

"é um indivíduo em que pode ser confiado sem qualquer pergunta".

Em um "pequeno e inteligente relatório", enviado ao Escritório de Investigações Especiais da Força Aérea, o sargento L. J. Hyder se referiu ao casal Trent como

"cidadãos significativos, sólidos e honrados da comunidade".

O Frank Halstead, um astrônomo, entrevistou os Trent em 1958 e declarou em uma carta para major Donald Keyhoe, que

"eles pareciam ser pessoas muito sinceras".

A carta de Halstead contém a primeira referência para uma possível investigação realizada por parte do FBI sobre os Trent. Em 1967, Hartmann entrevistou os Trent durante a análise das fotos deles para o Comitê Condon. Ele ficou impressionado pela falta de interesse econômico dos Trent nas fotos, como comprovou, pelo fato de que o senhor Paul Trent nem mesmo desceu do trator dele enquanto Hartmann o estava entrevistando.
Em 1969, o Dr. McDonald teve algumas conversas telefônicas com os Trent e concluiu:

"Eu os acho serem o tipo das pessoas que dificilmente poderiam levar isso como uma brincadeira imaginativa ou invenção".

Bruce Maccabee fez vinte e seis entrevistas, por telefone, com a senhora Trent, durante o período 1974 a 1977. Durante este tempo, ela manteve a consistência em seu depoimento, como era esperado, em relação ao avistamento. Ela também informou que tinha uma nova informação em resposta para certas perguntas, que nunca antes tinha sido perguntada, como perguntas sobre as atividades diárias típicas deles e o envolvimento de qualquer parente e amigos no resultado do avistamento.

A senhora Trent declarou que, algum tempo depois em que as fotos foram publicadas, uma senhora fazendeira, que morava algumas milhas distante de sua residência, em 1950, contou para senhora Trent que ela também tinha visto o estranho objeto, parecido com um pára-quedas. A senhora Trent também pensa que sua mãe poderia ter visto o objeto. Infelizmente o pai de Paul Trent já tinha falecido na época da entrevista do Hartmann, a senhora que era vizinha dela, de acordo com senhora Trent, ainda estava viva. Infelizmente, Hartmann não perguntou para semhora Trent se ela sabia de outra testemunha.

A senhora Trent passou por dois testes PSE (Psychological Stress Evaluator – Avaliação de Stress Psicológico), conforme declarações que ela fez relativo ao avistamento. Na opinião dos analistas de PSE, ela não mostrou nenhuma tensão notável quando respondia quaisquer das perguntas relativas ao avistamento e eventos associados (por exemplo, outra testemunha, atividades diárias, etc). Assim, parece que aquela conclusão oficial do senhor Hartmann ainda é válida (conclusão positiva sobre a validade do caso).

Para mais informações acesse infa.com.br

segunda-feira, outubro 24, 2005

1948 - Caso Thomas Mantell

Piloto norte americano que morreu apos perseguir um UFO em 1948.

Nas primeiras horas da tarde do dia 07 de janeiro de 1948, centenas de pessoas viram um objeto que definiram como "um sorvete de casquinha com a parte superior vermelha", que se dirigia lentamente e a baixa altitude rumo a Fort Knox, Estado de Kentucky. O Fort Knox é uma zona de alta segurança usada para guardar as reservas de ouro dos Estados Unidos. Seu espaço aéreo é proibido e constantes rondas de caças acontecem. Os mais sofisticados radares vasculham, 24 horas por dia, nos 365 dias do ano, toda a região.

Em torno das 14:30 horas, os radares acusaram um gigantesco OVNI se deslocando vagorosamente sobre Fort Knox. Imediatamente o comando militar responsável pela segurança do Campo Godman providenciou uma interceptação aérea do intruso. O Campo Godman é uma base militar que está baseada – convenientemente – ao lado de Fort Knox.

Justamente nesse momento, uma esquadrilha composta de 4 caças P-51 Mustang estava chegando de uma ronda aérea. A esquadrilha em questão era liderada pelo capitão Thomas Mantell que, devido ao seu desempenho em combate durante a Guerra, ele tinha várias condecorações e era uma espécie de ídolo das Forças Armadas. O que se seguiu naquela fatídica tarde de 07 de janeiro de 1948 marcou "a fogo" a vaidade militar norte-americana.

Imediatamente a esquadrilha foi acionada para realizar a interceptação. Dos 4 aviões da esquadrilha, foram apenas 3, pois um deles já estava com o combustível "na reserva". Inicia-se a perseguição ao OVNI e, logo em seguida, um segundo avião se vê obrigado a abandonar a perseguição por seu painel apresentar problemas eletrônicos. Mal ele teve tempo de sair da formação para que o terceiro avião, por sua vez, também tivesse que abandonar a interceptação aérea por falta de oxigênio. Poucos minutos após o início da perseguição, o capitão Mantell ficou sozinho. Vale ressaltar que o avião do capitão Thomas Mantell deveria estar, como os outros, com o combustível e oxigênio acabando.

O fato é que Mantell continuou obstinadamente a caçar o OVNI mesmo sabendo de suas limitações em termos de combustível e oxigênio. Por volta das 14:45 horas, ele se comunica com a base informando que já conseguia avistar o intruso a olho nu. Foram vários comunicados descrevendo um objeto metálico, com a forma de um cone e de proporções gigantescas. Finalmente, por volta das 15:15 horas, se ouve pela última vez a voz de Mantell no rádio:

"O objeto está adiante e acima de minha posição, movimentando-se à mesma velocidade de meu avião ou um pouco mais. Se eu não conseguir me aproximar mais vou desistir".

Enquanto tentativas desesperadas de comunicação aconteciam, o avião de Mantell fazia círculos no ar para, logo em seguida, iniciar o megulho fatal ao chão. Maior que o impacto do avião do capitão Thomas Mantell foi o causado com a notícia de sua morte para todo o contingente das Forças Armadas dos Estados Unidos. Como isso poderia ter acontecido se os Estados Unidos era a maior força militar planeta? A explicação inical da USAF foi que Mantell perseguiu o planeta Vênus, até que ficou sem oxigênio e desmaiou. Sequer ele teria morrido com o impacto da queda, pois, provavelmente, o capitão Mantell teria morrido de anoxia (falta de oxigênio), já que estava a cerca de 20.000 pés. Obviamente, parece um absurdo que um piloto experiênte, condecorado, tivesse confundido o planeta Vênus com uma nave desconhecida – sem mencionar o absurdo que é supor que o planeta Vênus seja detectado pelo radar.

Para tentar acabar com os boatos relacionando este caso com UFOs, a USAF acionou o projeto Blue Book para assumir as investigações. O capitão Edward Ruppelt, responsável pelo Blue Book, concluiu que Thomas Mantell havia perseguido um balão sonda meteorológico lançado pelo projeto "Skyhook". A armada norte-americana criou um balão gigantesco capaz de ascender até 70.000 pés (cerca de 21.000 metros) de altitude, para recolher informação sobre a alta atmosfera. O gigantesco balão tinha forma de pêra próximo à Terra, mas se convertia numa esfera, de trinta metros de diâmetro, quando estava a grande altura.

Muitos ufólogos não concordaram com a explicação oficial e outros, como Jacques Vallée, aceitaram e deram o caso como encerrado. Já a imprensa fez sua glória com todo tipo de sensacionalismo possível. Um jornal de grande circulação em kentucky chegou a soltar manchetes de uma guerra planetária:

"O avião de Mantell foi desintegrado pelo raio da morte dos marcianos".
Até hoje o caso gera polêmica e é alvo de muitos questionamentos.

sexta-feira, outubro 21, 2005

Cuidado: sua impressora espiona você

Um grupo de defesa da privacidade descobriu o que significam os minúsculos pontos deixados por algumas impressoras coloridas: um código que permite saber a data e a máquina na qual o documento foi impresso.

Há algum tempo, a Fundação Fronteiras Eletrônicas (EFF, na sigla em inglês), um grupo de defesa dos direitos civis com sede em São Franscisco (Califórnia), suspeitava dos pequenos pontos que algumas impressoras laser coloridas escondiam em cada documento.

Após cerca de três anos de pesquisas com a ajuda de centenas de voluntários de todo o mundo, que enviaram documentos impressos em diferentes máquinas aos escritórios da EFF, o grupo finalmente revelou o mistério. Os Serviços Secretos dos EUA admitiram a existência de um acordo com vários fabricantes de impressoras para identificar produtos falsificados, mas até agora não se conhecia a natureza da informação contida em cada documento.
Trata-se, no entanto, de uma explicação que não satisfaz à Fundação.

"É estranho que alguém o trate como um criminoso sem que você sequer o saiba", afirmou à EFE Rebecca Jeschke, porta-voz do grupo.

Segundo David Schoen, técnico da EFF, os pontos de pelo menos uma linha das impressoras codificam o dia e a hora em que o documento foi impresso, assim como o código de série da impressora.

Cannon e Xerox estão na lista de fabricantes que utilizam os códigos (a EFF dispõe de uma lista completa na home-page http://www.eff.org/Privacy/printers/list.php). As pequenas marcas são pontos amarelos com menos de um milímetro de diâmetro, repetidos em cada página do documento e tão pequenos que não podem ser vistos a olho nu. Para observá-los, é necessária uma luz azul e uma lupa ou um microscópio (a EFF também disponibiliza em sua página instruções para os curiosos que desejem ver as marcas).

A fundação começou o projeto com a linha de impressoras Xerox DocuColor, uma máquina mais facilmente encontrada em escritórios e centros de fotocópias do que em residências. Uma equipe liderada por Schoen comparou diferentes documentos impressos na mesma máquina e, após observar as semelhanças e diferenças, encontrou a maneira de decodificar os sinais.

"Até agora, só deciframos o código das impressoras DocuColor - diz Schoen -, mas achamos que outros modelos de outras fabricantes incluem a mesma informação nos pontos".


A organização pôs a disposição do público em sua página um programa automático para que qualquer um possa decodificar os pontos deixados por sua impressora. A Xerox admitiu previamente que estava atuando em conjunto com o Governo neste sistema de rastreamento, mas assegurou que somente os Serviços Secretos poderiam decifrar a informação. Por sua vez, o Serviço Secreto afirma que só usa esta informação para investigações relacionadas a falsificações.

Mas, segundo adverte a EFF, não há uma legislação específica que impeça o abuso desta informação por parte do Governo.

"Os movimentos democráticos clandestinos que publicam panfletos políticos e religiosos sempre necessitarão do anonimato de uma simples página", disse Lee Tien, um dos advogados do grupo.

"Esta tecnologia torna mais fácil o trabalho dos Governos na hora de encontrar os dissidentes"
, afirmou Tien.


O advogado da EFF ressalta que a descoberta tem graves implicações, já que estes códigos dão ao Governo e à indústria privada

"possibilidades de enfraquecer nossa privacidade com um equipamento que é utilizado cotidianamente, como as impressoras".

Tien acha que os técnicos da EFF têm muito trabalho pela frente:

"A próxima grande dúvida é: que outras armadilhas estão sendo preparadas para garantir que nossa tecnologia nos traia?".

domingo, outubro 16, 2005

"Disco voador" da guerra fria foi um fiasco

Americanos queriam construir um 'pires' que voasse, mas hoje ele está num depósito empoeirado

Era 1952 e a guerra fria estava mais gelada que nunca. A Comissão de Atividades Antiamericanas, de Joe McCarthy, procurava vermelhos até debaixo da cama. Os relatos sobre Objetos Voadores Não Identificados (Ovnis) propagavam-se como epidemia nos Estados Unidos. Até pilotos da Força Aérea informaram ter sido perseguidos por "pires voadores". A sensação de pavor transformava-se em frenesi e a Agência Central de Informações (CIA) decidiu que era preciso fazer algo.

Num de seus muitos memorandos sobre o assunto, H. Marshall Chadwell, subchefe do Escritório de Informações Científicas da CIA, opinou que "algo estava ocorrendo e merecia atenção imediata". Ele e outros na agência receavam que a União Soviética estivesse desenvolvendo uma arma secreta baseada nos "discos voadores", que, segundo rumores, os nazistas haviam fabricado nos últimos anos da 2ª Guerra.

Documentos dos arquivos da CIA recém-liberados estão repletos de relatos de ex-cientistas alemães sobre seu desesperado trabalho para salvar a mãe-pátria com uma revolucionária aeronave circular capaz de alcançar velocidades enormes. Mas, em 1952, quando a CIA criou um grupo para estudar o fenômeno, descobriu algo extraordinário, muito mais perto. Logo além da fronteira, no Canadá, engenheiros britânicos produziam um disco voador próprio.

Chamava-se Projeto Y - uma incursão britânico-canadense no desconhecido, que foi em grande parte dos anos 50 o projeto de aviação mais sigiloso do mundo ocidental. Meio século depois, a história do Projeto Y continua sendo um capítulo notável e esquecido na história do design aeronáutico, que esteve na iminência de romper todas as normas do céu, mas redundou em amargo desapontamento por falta de dinheiro e de convicção.

Lá pelos anos 50, a notícia de que especialistas britânicos estavam construindo um "pires" alarmou a CIA. Os EUA estariam sendo passados para trás por seus mais tenazes aliados na corrida em busca de uma vantagem tecnológica? E, se a Inglaterra e o Canadá podiam construir um "pires voador", a União Soviética devia estar muito à frente.

Chadwell queria respostas. A sensação de urgência é palpável num memorando que ele mandou em junho de 1954 aos chefes de seu departamento, exigindo informações sobre o "emprego, por qualquer potência ou nação estrangeira, de tipos não convencionais de veículos aéreos, como os ou semelhantes aos aviões `com formato de pires' em fase de desenvolvimento a cargo dos britânicos e canadenses". Enquanto agentes da CIA eram despachados para vigiar o céu à procura de "pires voadores", oficiais da Força Aérea dos EUA faziam visita a Malton, perto de Toronto, onde ficava o aeroporto da cidade. Malton também era centro de pesquisas da Avro-Canada.

A Avro era subdidiária da companhia britânica de aviação AV Roe (contava a lenda que não havia no teto da fábrica espaço para incluir o "e" de Roe) que por sua vez fazia parte do lendário grupo de produção aeronáutica Hawker-Siddeley.

Durante a guerra, seus engenheiros ficaram famosos por causa do caça Hurricane e do bombardeiro Avro Lancaster. A seguir, sob a tensão da guerra fria, eles tentavam algo totalmente distinto. Depois da guerra, Malton era o local buscado pelos melhores projetistas de aviões que fugiam da condenada indústria aeronáutica britânica.

Um deles era John Carver Meadows Frost, de 31 anos, fala mansa e muito talento. Ele já havia conquistado a fama de ser projetista heterodoxo ao desenvolver o delgado De Havilland 108, avião de pesquisa com formato de andorinha.

Frost foi levado para a Avro-Canada para trabalhar no caça CF-100, feio e de nariz arrebitado, que ele nunca apreciou. Logo Frost ficou obcecado com desvios mais radicais da ortodoxia. Não dá para saber se ele buscou inspiração nas histórias cada vez mais populares sobre "pires voadores" pilotados por extraterrestres que flanavam nos céus pós-guerra fria ou até que ponto ele se baseou em pesquisas anteriores.

Talvez Frost tivesse ouvido falar do "efeito Coanda", assim chamado em homenagem ao inventor franco-romeno Henri-Marie Coanda, que fizera experiências com a primeira turbina rudimentar a jato em 1910. Coanda descobrira que um turborreator não dava apenas empuxo. Sugando ar, podia também criar um vácuo sobre a asa e assim dar mais sustentação.

São muitas as evidências de que na etapa final da 2ª Guerra, quando os dois lados lançaram caças a jato na refrega pela primeira vez, os nazistas começaram a fazer experiências com armas secretas baseadas no "efeito Coanda". Um dos documentos existentes nos arquivos secretos da CIA é uma entrevista concedida por um engenheiro aeronáutico alemão, Georg Klein, que afirmava ter trabalhado num "pires voador" sob a chefia de projetistas da Luftwaffe, Rudolf Schriever e Richard Miethe.

Outro documento que se encontra nos arquivos é um artigo escrito em 1950 por um alemão emigrado para o Chile, que dizia chamar-se dr. Eduard Ludwig. O artigo, oferecido a uma revista chilena mas ao que parece nunca publicado, levava o título: "O mistério dos `discos voadores' - uma contribuição para sua possível explicação." Contava sobre o trabalho de Ludwig no tempo da guerra num centro de pesquisas da Junkers, ajudando a desenvolver uma "asa metálica formada de uma só peça" que funcionava como um "topo de alta rotação", capaz de fazer decolagem vertical e alcançar grande velocidade.

"As experiências revelaram-se extremamente difíceis e resultaram em muitas vítimas", comentou o professor, visivelmente desgostoso porque o topo rotativo não dera certo antes de o Exército Vermelho chegar. Ele concluiu: "O futuro vai mostrar se os `discos voadores' são apenas fruto da imaginação ou se resultam da ciência alemã mais avançada que possivelmente, a exemplo das bombas atômicas quase prontas, podem ter caído em poder dos russos."

De fato, alguns dos maiores engenheiros da Luftwaffe foram parar em Moscou, enquanto um punhado, como Wernher von Braun e dr. Miethe, foram despachados às ocultas para o Ocidente. Claro que o dr. Von Braun se tornou o pai do programa espacial dos EUA. Ninguém sabe ao certo o que foi feito de Miethe.

No seu trabalho em Malton, John Frost pareceu que ia às apalpadelas. Ele estava à procura do Santo Gral da aeronáutica, a espaçonave de decolagem e pouso vertical (VTOL), mas começou as pesquisas num aparelho com formato de pá antes de se fixar, em 1953, num disco. A concepção original previa um só turborreator chato para sugar o ar de cima e forçar sua passagem através de bocais situados na periferia do aparelho. Um colchão de ar o manteria suspenso e o efeito Coanda o impulsionaria para o alto.

O trabalho inicial foi feito em sigilo total. Só alguns empregados da Avro foram informados do que se passava, e até alguns dos engenheiros que criavam componentes individuais não ficaram sabendo do que se tratava. "Aquilo era tão sigiloso que, quando Frost ia à oficina de soldagem, desenhava num papel a peça que queria e, quando a terminávamos, púnhamos o desenho num saco de lixo especial", lembrou Alex Raeburn, chefe da oficina da Avro na época.

Verne Morse, o fotógrafo da companhia, só se familiarizou com o projeto quando este já assumia forma definida. "Corria pela fábrica o estúpido rumor de que estávamos construindo um pires voador e todo mundo ria", contou Morse. "Lá um belo dia fui chamado pela segurança, e me disseram que eu precisava submeter-me a exames de idoneidade porque estávamos trabalhando num pires voador. Minha primeira impressão foi achar que aquilo era ridículo." Mas, quando fizeram Morse passar por guardas e atravessar as portas duplas do Projeto Y, ele viu o lustroso disco de metal tomando forma e perdeu a fala. "A impressão foi realmente espantosa", lembrou Morse.

Mas o primeiro ano do Projeto Y foi cheio de transtornos. A turbina a jato esquentou tanto que derreteu a estrutura de aço do aparelho, e seus solavancos arrancaram os rebites. Quando membros da Força Aérea dos EUA (Usaf) chegaram em setembro de 1953, o governo canadense, que já havia gastado US$ 400 mil no projeto, transferiu de bom grado sua chefia a um patrocinador maior. A AV Roe, que não conseguira arrancar recursos do governo britânico, também recebeu os americanos de braços abertos.

Em 1955, o Projeto Y tornou-se o sistema 606A do Departamento de Defesa (Pentágono) dos EUA, e uma estrela branca da Usaf foi pintada na fuselagem do protótipo. Agora, milhões de dólares eram despejados no projeto e a preocupação com o sigilo aumentou.

Alex Raeburn lembrou que num certo dia de 1959 homens da Marinha dos EUA chegaram para levar o protótipo e submetê-lo a testes no túnel de vento perto de Los Angeles. "Nós o colocamos num caminhão de fundo chato no meio da noite. Policiais interditaram o trânsito até o Porto de Toronto e puseram o protótipo num rebocador americano. Um de nossos homens precisara prestar juramento à Marinha dos EUA para que pudesse acompanhá-lo através do Canal Erie, ao longo do curso d'água intercostal de Nova York, e atravessasse o Canal do Panamá."

Com a ajuda dos recursos americanos, Frost havia redesenhado o projeto original, instalando três pequenas turbinas a jato em torno de uma ventoinha central que sugaria o ar através de um coletor circular situado no centro do disco. O piloto ficaria sentado numa pequena cabine oval de lado, sob uma cápsula.

Mas os testes no túnel de vento mostraram que a arma secreta 606A tinha sérios problemas de estabilidade e corria o constante risco de dar cambalhotas como uma panqueca quando as válvulas de suas turbinas fossem abertas. Frost e seus assistentes trabalharam na solução dos problemas durante mais de um ano, mas ainda não os haviam eliminado no inverno de 1960 quando Spud Potocki, ex-piloto da Força Aérea polonesa, entrou no protótipo para o primeiro vôo.

Ernie Happe, outro engenheiro britânico, foi um dos poucos que tiveram permissão para assistir à decolagem. "Estávamos em volta do protótipo, amarrado por três cabos para impedir que desse cambalhotas. Ele se ergueu alguns metros do chão, com Potocki sentado na cabine mexendo nos controles, tentando fazer com que ele funcionasse conforme previsto."

Nos meses seguintes, enquanto Potocki desenvolvia maior sensibilidade para com os melindrosos controles, permitiram que ele circulasse pelo complexo da Avro, sem peias. Podia entrar nos hangares e sair. Raeburn às vezes olhava através da janela de sua oficina e via o protótipo flutuar. "Ele (Potocki) subia e descia, pairava sobre a praça de manobra feita de concreto e olhava pelas portas dos hangares", contou Raeburn. "Lembro-me de que o vento chupava o gelo das poças dágua, que flutuava como lâminas de vidro."

A diretoria da Avro ficou muito contente de ver seu pires voador decolar. O departamento de propaganda começou a preparar folhetos para explorar o ilimitado potencial da aeronave no dia em que o manto de sigilo fosse removido. O aparelho se chamaria Avrocar e daria origem a uma série de naves civis e militares. Haveria um Avrowagon para a família do futuro, um Avroangel (uma ambulância aérea que partiria a toda velocidade para o local de um acidente) e um Avropelican (para resgates aéreos no mar e guerra anti-submarina).

Ken Palfrey, um desenhista do projeto, lembra as grandes esperanças que Frost depositava em sua empreitada. "Ele planejava produzir um que fosse quatro vezes maior, levar tropas para dentro e fora do campo de batalha, conforme os helicópteros fazem hoje."

Os gigantescos veículos de transporte de tropas passariam sob o radar do inimigo, lançariam seus ocupantes e subiriam velozmente para a estratosfera antes mesmo que o outro lado conseguisse localizá-los. Happe lembra que Frost se emocionava visualizando a espaçonave a ultrapassar as camadas superiores da atmosfera e atravessar continentes num só embalo.

A realidade era mais prosaica. O Avocar pairava bem quando perto de terra firme, mas ficava perigosamente instável a alturas pouco superiores a 2,4 metros, por mais que Spud Potocki se esforçasse nos controles. A Usaf queria instalar no Avocar uma cauda de avião para ver se sanaria o problema, mas Frost, purista do design, rejeitou a idéia.

"Ele não ia aceitar aquilo. Quando os americanos fizeram a sugestão, foi a única vez que vi Spud ficar com raiva", lembra Palfrey. Frost insistiu que conseguiria solucionar as deficiências, mas as forças armadas americanos perdiam interesse bem depressa. Depois de gastar US$ 7,5 milhões, o Departamento de Defesa cancelou o projeto no fim de 1961, acabando com o Avrocar e infligindo um golpe fatal na Avro, que ainda lutou por alguns anos, mas faliu em 1965. Frost partiu do país em 1961, amargurado. "Ele estava farto", disse Palfrey. "Foi uma triste história. Ele era um cara excelente. Um cavalheiro."

O projetista britânico foi parar em Auckland, onde passou o resto de seus dias sonhando produzir engenhocas para a companhia Air New Zealand entre elas uma rampa de acionamento hidráulico na cauda, para que os mecânicos tivessem fácil acesso aos aviões comerciais. Mas aquilo era café pequeno se comparado às ambições cósmicas do Projeto Y e a sensação de que Frost fora traído parecia-lhe tão aguda quanto antes, quando ele se aposentou, em maio de 1979.

Nas entrevistas com que se despediu, Frost declarou à imprensa local que sir Christopher Cockerell lhe roubara o mérito de ter inventado o hovercraft. A ironia é que, em Malton, os olhos de Frost estavam tão presos aos céus que ele não conseguiu perceber o potencial terrestre do Avrocar, bem à vista. Frost morreu poucos dias depois de deixar o emprego. Tinha 63 anos.

A lenda do Projeto Y sobrevive nas páginas da World Wide Web da Internet mantidas por ufólogos devotados. Alguns especulam que foi um sucesso espantoso e a triste lengalenga sobre erros de projeto e acontecimentos decepcionantes, lembrados por veteranos da Avro, não passava de disfarce. Outros acreditam que o projeto foi mera cortina de fumaça para o "verdadeiro" projeto do pires voador do Pentágono, desenvolvido em bases secretas como a de Roswell, talvez por misteriosos nazistas aposentados como o dr. Miethe.

Quanto à arma secreta 606A, o protótipo está empoeirando no canto de um armazém em Maryland, depósito do Museu Nacional de Aeronáutica e Espaço. Jack Walker, veterano piloto que mostra o armazém a visitantes, não consegue entender por que alguém quereria ver o 606A e pede que eu não me aproxime muito, pois posso ser sequestrado por extraterrestres.

O disco de metal polido, de 15 metros de diâmetro, está esquecido sob a asa de um caça Black Widow da 2ª Guerra Mundial. A cápsula sobre a cabine foi removida, seu painel de instrumentos está dentro de uma caixa de papelão nalgum outro lugar. Mas ainda se pode ver onde as bordas foram carbonizadas quando o visionário John Frost fez a vã tentativa de ganhar os céus.

Walker está ficando impaciente e balança a cabeça. Estamos demorando demais num beco sem saída da aviação e é preciso ver aviões muito mais importantes. "Não sou engenheiro aeronáutico", grita ele por cima do ombro. "Mas digo que aquilo não ia voar de jeito nenhum."

O Estado de São Paulo - Domingo, 19 de setembro de 1999

domingo, outubro 09, 2005

Diga SIM à vida, vote 2

“O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?” Diga SIM à vida, vote 2

Registro – Art. 5
Quem tiver arma registrada deve recadastrá-la até dezembro de 2006. O registro deverá ser renovado a cada três anos (taxa R$ 300).

Porte – Art. 6
Somente alguns grupos podem andar armados:
- Porte de arma funcional 24h: policiais civis, militares, federais, forças armadas, guardas municipais em capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes.
- Porte de arma apenas em serviço: seguranças privados, agentes e guardas prisionais, escoltas de preso, agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), guardas municipais em cidades com mais de 50 mil habitantes.
- O porte poderá ser concedido aos residentes de áreas rurais que dependem da arma para sua subsistência (Art. 6 §5) e aos indivíduos que demonstram necessidade de usá-la por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua vida (Art. 10). Neste último caso, o porte tem eficácia temporária e territorial limitada.

Posse – Art. 4
Ficou mais difícil ter arma. Quem ainda quiser manter uma em casa, precisa:
- Ter mais de 25 anos.
- Declarar efetiva necessidade.
- Comprovar que não tem antecedentes criminais.
- Ter ocupação lícita e residência certa.
- Passar em testes de capacidade técnica e aptidão psicológica.
- Renovar o registro a cada três anos.

Novos crimes
- A posse e o porte de arma raspada: crime sem direito a liberdade provisória (mesmo que a arma seja de uso permitido). (Art. 16)
- Disparo de tiro a esmo em lugar público ou habitado: crime inafiançável, sujeito a reclusão de até quatro anos. (Art. 15)
- A fabricação e o comércio de armas de brinquedo e replicas são proibidos. (Art.26)

Marcação da arma e da munição
O artigo 23 do Estatuto do Desarmamento e o artigo 50 da Regulamentação dessa lei prevêem:
- A embalagem da munição vendida para forças de segurança pública e civis deve ser marcada com código de barras.
- Todos os projéteis vendidos para forças públicas devem ser marcados no culote, com informação sobre o número de lote e órgão comprador.
- Segundo o artigo 21 da Regulamentação, a munição poderá ser comprada perante apresentação do registro da arma e apenas para o calibre registrado. Uma portaria do Ministério da Defesa limitou a compra por civis de no máximo 50 munições por ano (o limite não é válido para clubes de tiro). Todas as lojas devem informar mensalmente ao Sinarm sobre as vendas.

Segurança privada – Art.7
- Funcionários passam pelos mesmos critérios que todos os cidadãos para o registro (testes etc..).
- A empresa deve regularizar a cada seis meses a situação dos seus funcionários.
- O porte é funcional: só pode ser usada a arma durante o serviço.
- A arma fica na empresa de segurança, guardada com as devidas medidas de segurança.

Arma do policial
- O policial pode levar a arma da corporação em casa.
- A sua segunda arma é registrada. Segundo Regulamento do Exército (R105), o policial tem direito a comprar uma arma a cada dois anos.
- Os aposentados militares e policiais não têm mais porte automático e vitalício. Eles devem se submeter a testes psicológicos a cada três anos (Art.37 do regulamento).

Novas medidas ampliam as possibilidades de identificar e sancionar abusos de força, e também de prevenir e reprimir o desvio de munição:
- A munição vendida para forças de segurança publica será marcada com informações sobre órgão comprador (Art.23).
- O padrão balístico do raiamento do cano das armas da polícia passa a ser enviado para a Polícia Federal
- Haverá padronização e maior controle dos estoques policiais no Brasil (aquisição de novas pistolas PT 40 e submetralhadoras Taurus).


A lei pode ser encontrada na integra no site
www.referendosim.com.br

sexta-feira, outubro 07, 2005

Cobaias humanas

Sem saber, pessoas foram usadas em testes radiativos pelos governos dos Estados Unidos

Os alunos da escola estadual Fernald, no interior do Estado de Massachusetts, ou seus pais, não tinha como saber que, naqueles anos 40 e 50, os imperativos da Guerra Fria interferiram diretamente em sua vida. Os garotos, deficientes mentais, estavam sendo usados como cobaias humanas pelo governo dos Estados Unidos, sob o signo da ameaça de uma guerra atômica contra Moscou. A escola servia na merenda mingau de aveia contaminada com isótopos radiativos.


Curdos no Iraque: alvos em pesquisas com armas químicas.As Forças Armadas americanas queriam avaliar as conseqüências da radiação no organismo - não sabiam exatamente quão nefastas eram, mas deviam supor, tanto que a experiência era mantida em rigoroso sigilo. Casos assim, de espantosa crueldade, estão vindo à tona aos poucos desde que, sob pressão das evidências fornecidas por sobreviventes e familiares desses laboratórios clandestinos, o presidente Bill Clinton decidiu, em 1994, abrir os arquivos e incentivar um levantamento completo de tudo o que foi feito no pais em nome da ciência e à margem da ética.


"É um assunto muito doloroso para os Estados Unidos"
,
disse a VEJA o diretor do Centro de Ética Biomédica da Universidade de Virgínia, Jonathan Moreno.

"Nos anos 40 havia poucas leis que regulamentassem os testes com seres humanos, e a ameaça da União Soviética parecia imensa. Os cientistas do governo estavam entre a cruz e a espada."


Moreno é autor de Undue Risk: Secret State Experiments on Humans (Risco Indevido: Experimentos Secretos Governamentais em Seres Humanos), uma cuidadosa investigação a ser publicada em outubro nos Estados Unidos pela editora W.H: Freeman & Company.


Testes com prisioneiro num campo nazista: aveia contaminada servida a crianças deficientes.O tema é constrangedor porque normalmente se associa essa espécie de prática às grandes tiranias do século, como a Alemanha nazista e a União Soviética, às quais os americanos serviram de contraponto democrático. Foi com a revelação das atrocidades cometidas por médicos nos campos de concentração nazistas que se adotaram normas mundiais contra experiências das quais seres humanos participavam compulsoriamente.


Em silêncio, os Estados Unidos ignoraram essas decisões. Nos anos 40 e 50, cidades inteiras foram expostas deliberadamente aos efeitos da radiação. Moreno integrou a equipe que recebeu carta branca do governo Clinton para investigar esse e outros programas nucleares secretos postos em prática entre 1944 e 1974. Os horrores compilados pelo comitê levaram o presidente, em outubro de 1995, a pedir desculpas públicas à nação.


"Não há como desculpar o que foi feito", diz Moreno.
"Mas é preciso analisar os fatos à luz da realidade da época."


Eram tempos de medo e a sobrevivência da espécie humana parecia depender do controle da tecnologia atômica. O fato de muitas experiências terem vitimado minorias étnicas, contudo, evidencia a perversidade da lógica que as orientou, segundo a qual algumas vidas humanas valem mais do que outras.


Em maio de 1997, Clinton voltaria a se desculpar por um repulsivo programa de estudo do Serviço de Saúde Pública federal. Para observar, a longo prazo, os efeitos da sífilis em pacientes negros, alguns foram privados de tratamento sem saber, entre os anos 30 e 70. Moreno revela outro caso, envolvendo índios navajos empregados, na década de 50, em minas de urânio, então o principal combustível atômico. Os navajos não foram informados sobre as malefícios da radiação e não tiveram direito a cuidados como um simples sistema de ventilação. Como resultado, muitos morreram de câncer.


Arsenal Genético
- Outros casos que só agora se tomam públicos incluem injeção de plutônio nas veias de pacientes em hospitais, que de nada desconfiavam, e o envio de soldados para locais de teste de bombas atômicas logo após as explosões. Ao contrário do domínio do ciclo do átomo, necessário para o desenvolvimento das armas nucleares, as experiências com agentes químicos e biológicos são relativamente baratas e difíceis de detectar. Elas continuam a campear, sobretudo em países pobres governados por ditadores.


O exemplo típico é o Iraque. Milhares de prisioneiros curdos serviram a testes individuais de armas químicas e bacteriológicas, sendo amarrados a estacas e alvejados com bombas recheadas de substâncias armazenadas em laboratórios. Em experiências de puro horror, militares iraquianos despejaram o conteúdo de seus arsenais de armas químicas letais sobre aldeias do Curdistão, dizimando a população.


Menos conhecidas são as histórias de requintado horror desveladas pela Comissão da Verdade e da Reconciliação da África do sul. Amontoaram-se relatos de uso de armas de proveta contra oponentes do regime racista enterrado há cinco anos. Os esforços de desenvolvimento de microrganismos manipulados em laboratório que esterilizassem a população negra, mas não a branca, apontam para um novo capítulo na história das armas de guerra: o arsenal genético.


O conhecimento em detalhes das irresponsabilidades do passado responde, antes de tudo, à demanda por justiça, mas também à curiosidade científica. Os Estados Unidos guardaram por mais de uma década os registros das atrocidades cometidas pelos japoneses contra prisioneiros chineses antes e durante a II Guerra Mundial.


Laboratório militar americano nos anos 50.Homens, mulheres e crianças foram infectados com as bactérias causadoras de peste bubônica, antraz, febre tifóide e cólera. Depois de doentes, eram expostos a vivissecções sem anestesia. Ao contrário dos Estados Unidos e da Alemanha - pais que já pagou mais de 80 bilhões de dólares em indenizações às vitimas do nazismo - o Japão se nega a admitir tais barbaridades.


Mais de cinqüenta anos depois, a coleção de crueldades perpetradas em nome de pesquisas duvidosas pelos médicos nazistas comandados por Josef Mengele no campo de concentração de Auschwitz parece não ter fim.


No ano passado, o médico alemão Hans Münch, num depoimento à imprensa de seu pais, contou que em Auschwitz era frequente deixar crianças morrer de fome para estudar a morte natural. Pesquisas médicas em humanos são imprescindíveis, seja para testar medicamentos, seja para compreender os mecanismos de certas doenças. Daí a chegar ao argumento inaceitável de que os ganhos sociais compensam os danos aos indivíduos é um passo.


Para evitar abusos, é preciso que existam pessoas que se disponham voluntariamente aos testes, como ocorre hoje em algumas bases militares americanas, mas sob risco calculado e permanente vigilância de organismos civis.

Revista Veja - 28 de julho, 1999

quarta-feira, outubro 05, 2005

terça-feira, outubro 04, 2005

1947 - O Caso Roswell

Considerado o maior marco da Ufologia Mundial o caso Roswell foi o mais impressionante relato e a mais absoluta prova do encobrimento do assunto Ovnis do mundo. O caso já faz mais de 50 anos e continua sendo referente no mundo.

Quarta-feira, 2 de Julho, 21:50h
O casal Wilmot está sentado em sua varanda, num bairro tranqüilo em Roswell, quando observa um grande objeto oval cruzar o céu. O objeto estava incandescente e voava em alta velocidade no sentido nordeste. Ao mesmo tempo, William Woody e seu pai vêem no céu um objeto brilhante indo em direção norte. Durante uma tempestade, o rancheiro MacBrazel e seus vizinhos ouvem uma explosão nas proximidades de onde moram, há algumas milhas de Roswell.

Quinta- Feira, 3 de Julho
Pela manhã, Brazel sai à cavalo para verificar os danos causados pela tempestade. Surpreende-se ao ver um campo de destroços de aproximadamente 4km quadrados, onde encontra lâminas de um metal muito maleável, mas que sempre retornava à forma original. Vê também bastões de matéria análogo ao basalto - objetos altamente resistentes, impossíveis de serem cortados ou queimados. Brazel percebe que há sinais impressos nos objetos: desenhos de cor lilás, parecendo com algum tipo de escrita oriental, talvez hieróglifos.

Sexta - Feira, 4 de Julho
Feriado nacional. Brazel leva alguns destroços ao seu galpão, entre eles há uma peça de, aproximadamente, 3m. Suas ovelhas não querem passar pelo campo de destroços. Os animais parecem sentir que algo estranho aconteceu no local. À noite, Brazel encontra alguns amigos, que o aconselham a contar tudo para as autoridades.

Domingo, 6 de Julho, 8:00h
Pela manhã Brazel vai até o escritório do xerife George Wilcox em Roswell. Leva alguns destroços na caminhonete. Ao ver os pedaços da suposta nave, o xerife envia alguns de seus subordinados para a fazenda para examinar o local do acidente. Chegando lá, não encontram mais os destroços, mas somente uma camada vitrificada sobre a terra. No mesmo dia da visita ao xerife, Brazel concede uma entrevista à radio local.

Domingo, 6 de Julho, 13:00h
O major Jesse Marcel vai ao escritório do xerife em Roswell com a finalidade de se encontrar com Brazel. Olha o material e decide visitar o rancho em que aconteceu o acidente. Seu superior, o general Roger Ramey, é informado sobre o achado e se comunica com o Pentágono.

Domingo, 6 de Julho, 17:00h
Chegando ao rancho, Brazel mostra os destroços no galpão para o major Marcel, que os examina com um contador Géiser. O aparelho não capta sinais de radiatividade nos objetos. Enquanto Marcel e seus homens pernoitam no galpão, o Pentágono organiza uma busca sigilosa no local da queda.

Domingo, 6 de Julho, 19:00h
Os oficiais localizam os destroços e seus ocupantes. Imediatamente chegam ao local varias equipes de resgate e escavação. Também participa do processo o arqueólogo Cury Holden, que ao fazer pesquisas sobre povos pré-colombianos, descobre os destroços por acaso.

Segunda - Feira, 7 de Julho
Pessoas das proximidades encontram objetos pelo chão, como pequenos bastões de 1cm, com gravações parecidas com hieróglifos. Ninguém conseguia decifrar as inscrições, tampouco descobrir o tipo de material de que eram feitas as peças. Encontram também um pergaminho muito comum, além de fragmentos de folhas parecidas com alumínio que não se amassavam. O mais curioso de tudo é que os objetos parecem ser indestrutíveis, resistindo a todos os testes.

Segunda - Feira, 7 de Julho, 9:00h
O Pentágono ordena o bloqueio de todas as entradas e vias de acesso a Roswell. Os auxiliares do xerife Wilcox cercam o rancho Foster, não deixando ninguém passar.

Segunda - Feira, 7 de Julho, 13:00h
Glenn Dennis, da funerária Ballard, em Roswell, recebe um comunicado de um dos oficiais da base:

" - Qual o tamanho dos caixões herméticos que o senhor tem? - São pequenos? - Há estoque?".

Dennis fica perplexo e quer saber se houve algum tipo de desastre nas proximidades. Diz que não tem estoque e que demoraria umas 24 horas para conseguir o material.

Segunda - Feira, 7 de Julho, 14:00h
No Pentágono, os generais Curtiss Lemay e Hoyt Vandenberg tem uma conversa sobre os UFOs, mais precisamente sobre o acidente de Roswell. Enquanto isso, o General Nathan Twinning (um dos membros do MJ-12), comandante e técnico de informações, muda seus planos e prepara uma viagem para o Novo México.

Segunda - Feira, 7 de Julho, 14:30h
O oficial da base liga novamente para Dennis. Desta vez, lhe pergunta como preparar corpos que ficam muito tempo no deserto e se os produtos empregados poderiam modificar a química dos corpos. Dennis recomenda o congelamento dos cadáveres e oferece assistência, recebendo a seguinte resposta ofical :

" - Não se preocupe, só estamos querendo saber isso a fim de nos prepararmos para casos futuros".

Dennis aceitou a resposta, mas continuou intrigado. Mais tarde, ele conheceu um soldado que havia se acidentado no resgate e o levou a enfermaria do hospital mais próximo. Dennis estaciona sua ambulância ao lado de um veiculo da base e vê diversos pedaços de metal lá dentro. Ao entrar no hospital encontra uma amiga enfermeira, que sai de uma das salas de exame e exclama:

" - Suma daqui, senão você vai ter um aborrecimento gigantesco".

Segunda - Feira, 7 de Julho, 20:00h
Grande parte dos destroços já haviam sido recolhidos e examinados. O major Marcel vai à base, pega alguns pedaços de destroços e leva para casa para mostrar a sua esposa e filhos.

" - Isto não é deste mundo. Quero que vocês se lembrem disso por toda vida", exclama Marcel.

Terça - Feira, 8 de Julho, 6:00h
Reunião particular entre o coronel Blanchard e Jesse Marcel, que mostra a ele as partes dos destroços achados no Rancho Foster. Meia hora mais tarde, acontece uma outra reunião secreta no escritório do coronel Blanchard, desta vez com a cúpula da Força Aérea.


Terça - Feira, 8 de Julho, 9:00h
O xerife Wilcox procura pelo pai de Dennis, que é seu amigo.
" - Seu filho parece estar em apuros", advertiu.
" - Diga a ele para não declarar nada do que viu na base".


Terça - Feira, 8 de Julho, 9:20h
Blanchard resolve lançar um comunicado à imprensa:

" - Os muitos boatos acerca dos discos voadores ontem se tornaram realidade quando o assessor de imprensa divulgou que o 509 Grupo de Bombardeiros da Força Aérea teve a sorte de chegar a possuir um disco - tudo isso graças à cooperação de um rancheiro local e de um xerife".

E o relatório do general continua:

"O objeto aterrizou em um rancho perto de Roswell na ultima semana. Como o rancheiro não tem telefone, guardou o disco até poder informar ao xerife, que por sua vez, notificou o major Jesse Marcel. Imediatamente, entramos em ação e o disco foi resgatado do rancho, sendo depois inspecionado na Base Aérea de Roswell e encaminhado a uma repartição superior".

Terça-feira, 8 de julho, 11:00 h
O tenente começa a distribuir o comunicado à imprensa. Ele visita as estações KGL e KSWS, depois vai aos jornais locais Roswell Daily Record e Morning Dispatch, que publicam no mesmo dia a informação. As emissoras de rádio passam o comunicado para a agência Associated Press, que se encarrega de distribuir a notícia para o mundo. Algumas horas depois, o escritório do xerife Wilcox recebia telefonemas de todas as partes do mundo, como Roma, Londres, Paris, Alemanha, Hong Kong e Tóquio. Porém, este clima de liberdade de expressão não durou muito tempo. Frank Joyce, da emissora KGFL, remete um telex para a agência United Press International (UPI) e, como resposta, recebe um comunicado de Washington desmentindo o caso. Parte do telex informava o seguinte:

"Atenção. Aqui FBI. Finalizar relato. Repito: finalizar relato, assunto de segurança nacional. Aguardar.".


Terça-feira, 8 de julho, 11:00 h
Dennis recebe um chamado de sua amiga enfermeira:

" - Eu preciso falar com você. Você deve fazer um juramento sagrado de nunca mencionar o meu nome, senão eu terei enormes dificuldades...".

Dennis então promete à enfermeira que jamais diria nada a ninguém. Ela começa a contar tudo o que sabe sobre o caso: dois médicos pediram a ela para que fizesse apontamentos enquanto executavam uma autópsia provisória. Então ela desenhou o que tinha visto: uma cabeça com olhos fundos e grandes, pequenos orifícios nasais, boca fina, sem pêlos, braços compridos e finos. As mãos tinham 4 dedos cada, que terminavam com orifícios, parecidos com ventosas de polvos. Ela também descreve que os seres não tinham cabelos e sua pele era preta. A enfermeira diz ter visto 3 corpos, sendo que estavam muito mutilados, provavelmente por coiotes. Os corpos tinham somente 1,20 m e exalavam um terrível mau-cheiro. Os médicos chegaram a desligar o sistema de ar condicionado com medo de que o cheiro se alastrasse por todo o hospital. Mais tarde, a autópsia foi transferida para o hangar de aviões.

Terça-feira, 8 de julho, 11:30 h
A enfermeira se despede de Dennis. Algumas hora depois, fica sabendo que será transferida para outro continente, provavelmente para Inglaterra. Após algumas semanas, escreve para Dennis contando as novidades. O amigo responde a carta e, em vez de uma resposta, recebe em sua casa um envelope com o carimbo "Falecida".

Terça-feira, 8 de julho, 12:00 h
No aeroporto de Roswell pousa um avião de Washington trazendo uma equipe especial de técnicos e fotógrafos. Os destroços do UFO são levados para a base aérea de Wright Patterson, em Ohio, num avião pilotado pelo capitão Oliver Popper Handerson. Ao embarcar, o capitão vê 3 cadáveres extraterrestres no hangar guardados em gêlo seco.

Terça-feira, 8 de julho, 12:30 h
Fotógrafos da imprensa americana vão ao rancho Foster e se encontram com Brazel, que lhes faz a seguinte declaração:

" - Foi um erro notificar as autoridades. Se acontecesse novamente, eu não diria nada, porque isso é uma bomba".

Os fotógrafos também encontram alguns oficiais que vasculham o campo de destroços. Percebem que ninguém tenta impedi-los de fazer o trabalho.

Terça-feira, 8 de julho, 16:30 h
Voltam para Roswell, onde o xerife Wilcox lhes comunica que estão proibidos de fazer qualquer manifestação sobre o que viram. Enquanto isso, os militares também deixam o rancho, levando Brazel para Roswell. Chega à base um avião carregado com destroços. Logo após, Marcel levanta vôo com os destroços para o Forth Worth. Chegando lá, mostra o material para o general Ramey. No Rancho Foster, no lugar dos destroços são colocados pedaços de um balão meteorológico com um aparelho de orientação pelo radar no chão. É montada uma grande farsa, em que Marcel é obrigado a admitir que o acidente com um UFO não passava de um engano. O que antes era um disco voador, passou a ser visto como um simples balão.

Terça-feira, 8 de julho, 18:30 h
Um memorando interno da polícia federal comunica ao FBI que a história do balão meteorológico não corresponde aos fatos. Brazel é intimado a comparecer na base de Roswell, onde recebeu orientações para desmentir tudo à imprensa, Brazel é obrigado a ouvir coisas como:

" - Olha meu filho, guarde esse segrêdo com você, senão ninguém sabe o que pode lhe acontecer".

A esta altura, já circulavam em Roswell os mais absurdos boatos. Um deles dizia que os homens vindos de Marte se acidentaram no local e que, inclusive, um deles ainda permaneceu vivo por um bom tempo, gritando como um animal até a morte. Outro destes boatos dizia que um dos seres escapou do esquema de segurança e correu toda a noite pela cidade.

Quarta-feira, 9 de julho, 8:00 h
O coronel Blanchard sai de Roswell e visita o lugar da queda. Sua intenção é supervisionar o término do trabalho de resgate, pois logo entraria em férias. Quarta-feira, 9 de julho, 8:30 h Três aviões de transporte C-54 são carregados com destroços. A ação é acompanhada por inspetores de Washington, que supervisionam o carregamento. As aeronaves então levantam vôo em direção à Base Aérea de Kirtland, onde se encontra o general Twinning.

Quarta-feira, 9 de julho, 9:00 h
Walt Whitmore e seu repórter Jud Robert tentam ir ao Rancho Foster, mas não conseguem devido aos bloqueios dos militares. Curiosos de vários pontos do país - além de muitos repórteres - também tentam sem sucesso chegar ao local.

Quarta-feira, 9 de julho, 10:00 h
Pousa na base um avião de Washington trazendo um representante oficial do presidente Truman. Em Washington, o presidente recebe o senador Carl Hatch, do Novo México.

Quarta-feira, 9 de julho, 12:00 h
Os cadáveres dos ocupantes dos UFOs são preparados para o transporte. Oficiais da Base Aérea de Roswell visitam jornais e emissoras de rádio. O objetivo da visita era recolher cópias de um relatório para a imprensa do tenente Haut.

Quarta-feira, 9 de julho, 14:30 h
Em uma reunião de oficiais, o Ministério da Defesa comunica ao FBI que os discos voadores não são de responsabilidade nem do Exército nem das Forças Armadas.

Sexta-feira, 11 de julho
Tem início a operação Corretivo Mental em todos os soldados que trabalharam na operação de resgate. São conduzidos em grupos a um pequeno recinto, onde um oficial lhes explica:

" - ... isto foi uma questão de segurança nacional e está sob o mais severo sigilo. Não falem a ninguém sobre o que aconteceu. Esqueçam tudo o que viram"

Terça-feira, 15 de julho
MacBrazel é advertido mais uma vez, mas pode finalmente retornar ao rancho. Embora antes da queda fosse muito pobre, retornou para sua terra com uma caminhonete nova e com dinheiro suficiente para comprar uma casa e uma fornecedora de gelo.

Epílogo da Operação
No prazo de um mês, todos os participantes da operação são transferidos para outras bases. Em setembro, o professor Lincoln La Paz procura determinar a estrutura do objeto acidentado e afirma veementemente que os destroços são de uma sonda extraterrestre não tripulada. Em 24 de setembro, o presidente Truman cria a ultra-secreta operação Majestic 12, com a finalidade de explorar o que acontecera em Roswell. Já no fim de outubro de 1947, o general Schulgen do Pentágono faz um memorando secreto, incumbindo às Forças Armadas a função de compilar todas as informações existentes sobre os discos voadores. Essa é uma forte evidência de que o governo mentiu quando disse que o objeto acidentado era um balão meteorológico.

Setembro de 1949
Um parente de MacBrazel conta, num bar, que durante os dois últimos anos a família continuou encontrando vestígios da nave acidentada. No dia seguinte, foi procurado por militares, que trataram de confiscar as peças. Já em 1978, o ufólogo e físico nuclear Stanton Friedman localiza Jesse Marcel e o entrevista sobre o Caso Roswell. O silêncio finalmente estava rompido. Nos 16 anos seguintes foram editados 5 livros, baseados no depoimento de testemunhas do caso. A imprensa pôde também se manifestar, de forma que os jornais e emissoras de rádio e TV não pararam mais de explorar o assunto.

Nova Testemunha de Roswell
O jornal inglês The Observer publicou matéria com declarações sobre uma nova testemunha do Caso Roswell, desconhecida até então.

Anne Robbins acompanhou de forma indireta todas as ocorrências do mais famoso dos incidentes ufológicos, ocorrido há mais de 50 anos. Ela era esposa do então sargento Ernest Robert Robbins, falecido em 2000, que ajudou a resgatar três extraterrestres depois que o disco voador em que estavam se acidentou. Um deles ainda estava vivo.

Aos 84 anos, Anne conta que nunca desejou que sua história se tornasse pública. Segundo ela, o marido morreu jurando que os destroços encontrados naquela noite não eram de um mero balão, como alega a Força Aérea Norte-Americana (USAF) . Ela conta ainda que na noite do incidente, Robbins recebeu ordens para que comparecesse na base militar, de onde só sairia 18 horas depois, contando uma “história confusa sobre um disco voador”. Quando voltou, estava com o uniforme enrugado e molhado porque teve que mergulhar num tanque de desinfecção na base.

Robbins nunca falou detalhadamente sobre o assunto, e a cada nova investida da família, alegava sigilo militar. Das poucas informações que deu, comentou apenas que a nave era semelhante a dois pratos juntos, tinha diversas janelas e três tripulantes. Anos depois, chegou a desenhá-los. Tinham cabeça protuberante, olhos grandes e negros, sem nariz ou boca, a pele era marrom.

“Ele me contou essas coisas com muita frieza e franqueza. Não teria mentido para mim por 56 longos anos”.

Entretanto, Anne só se convenceu da veracidade dos fatos quando visitou o local exato da queda e viu uma mancha no chão, muito parecida com vidro preto, como se o chão tivesse sido queimado. A última vez que Robbins tocou no assunto com a esposa foi há vários anos, quando assistiam a um documentário sobre o tema.

Fonte: Revista UFO 88

25 de Junho 1997
Com o caso Roswell fazendo 50 anos, o governo dos Estados Unidos dá uma nova descupa para o que as testemunhas viram, segundo eles, bonecos que eram soltos de pára-quedas teriam confundido os aficionados por discos voadores com corpos de extraterrestres. Em 1994, a Força Aérea divulgou um relatório sobre o incidente de Roswell segundo o qual a suposta nave seria um balão secreto para detectar testes nucleares soviéticos.