Cientistas japoneses divulgaram as primeiras fotografias de uma lula gigante viva em seu habitat natural, feitas nas profundezas do Oceano Pacífico.
As imagens, feitas com uma câmera controlada por controle remoto, permitiram que os pesquisadores do Museu Nacional de Ciência do Japão descobrissem novas características de comportamento do animal, cuja existência foi considerada uma lenda por muito tempo.
Segundo os cientistas, as fotografias foram feitas quando a lula, de oito metros de comprimento, teve um de seus tentáculos presos em uma isca montada pelos pesquisadores a 900 metros de profundidade. O animal só conseguiu se livrar depois de quatro horas e 13 minutos, quando o tentáculo que estava preso se soltou. Os japoneses conseguiram recuperar cerca de 5,5 metros do tentáculo.
Empresas de documentários já haviam investido milhões de dólares tentando flagrar lulas gigantes em seu habitat natural, e só uma vez um espécime jovem havia sido filmado.
Algumas fotografias de uma lula gigante adulta na superfície também já haviam sido feitas por pescadores japoneses, mas, até agora, ninguém havia capturado imagens do animal no fundo do mar, onde ele vive e caça suas presas.
As mais de 550 fotos foram feitas em setembro de 2004, mas só foram divulgadas nesta quarta-feira na revista científica Proceedings of the Royal Society B.
De acordo com os cientistas, as fotografias mostram que as lulas gigantes, também conhecidas como Architeuthis, são predadores mais ativos do que se pensava.
Os cientistas Tsunemi Kubodera e Kyoichi Mori prenderam a câmera a uma linha longa, que eles colocaram no mar por meio do navio em que estavam. Embaixo da câmera, eles colocaram uma espécie de anzol com uma lula servindo de isca e cheiro de camarões. No dia 30 de setembro de 2004, nas Ilhas Bonin (cerca de mil quilômetros ao sul de Tóquio), os cientistas conseguiram pegar a lula.
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