segunda-feira, junho 09, 2008

Gibi "Leões de Bagdá" é baseado em história real

Vencedor do HARVEY AWARDS® 2007 como melhor graphic novel.

Inspirado em uma história real, com roteiro de Brian K.Vaughan (Y: O Último Homem, Ex-Machina) e a deslumbrante arte de Niko Henrichon, agora nas bancas do Brasil pela Panini Comics.

Em 2003, depois de um bombardeio norte-americano na cidade de Bagdá, no Iraque, quatro leões escapam do zoológico local – e, em meio à devastação causada pela guerra, descobrem que existe um alto preço a se pagar pela liberdade.

O escritor Brian K. Vaughan, durante um painel de divulgação da graphic novel em uma convenção nos EUA, tentou definir OS LEÕES DE BAGDÁ em apenas uma única frase: “É a Guerra do Iraque sob o ponto de vista dos animais”. Os bichos falantes que protagonizam este especial, no entanto, servem somente para dar forma às muitas perguntas que o próprio Vaughan tinha sobre a ocupação norte-americana no Iraque. Tentando evitar respostas prontas que pudessem ser enfiadas goela abaixo do leitor, ele encontrou a narrativa ideal em 2003, ao ler a notícia a respeito de quatro leões que fugiram do zoológico de Bagdá após um dos primeiros bombardeios dos aviões ianques. Aqueles enormes felinos, perdidos e confusos, famintos mas finalmente livres, seriam seus protagonistas.


Os Leões Originais

No último dia 20 de março, os EUA lamentaram 5 anos de Guerra no Iraque. As tropas norte-americanas e britânicas começaram a avançar no território iraquiano na madrugada de 20 de março de 2003.

Três semanas depois, os soldados estavam marchando em Bagdá. O Palácio de Saddam Hussein foi tomado em 7 de abril. Dois dias depois, os EUA declararam formalmente a ocupação do governo iraquiano, apesar de Saddam só vir a ser capturado em dezembro do mesmo ano.

Durante o mês de abril de 2003, Bagdá foi o pior cenário de guerra do século. Em meio às lutas entre os soldados invasores e as forças locais, saqueadores aproveitaram para roubar o que puderam dos prédios públicos sem qualquer segurança. O Museu Nacional do Iraque, que guardava preciosidades que remontam à origem da humanidade na Mesopotâmia, foi um dos locais mais prejudicados.


O Zoológico de Bagdá, o maior do Oriente Médio, foi outro lugar bastante visado. A maioria dos funcionários abandonou suas posições no início de abril, quando tropas paramilitares iraquianas montaram posições de defesa por ali.

Os saqueadores aproveitaram para entrar e diminuir a população de 650 a 700 animais para apenas 35 – macacos, ursos, aves e camelos e outros bichos poderiam render bastante, fosse em dinheiro ou como fonte de alimentação. Acabaram ficando os animais de maior porte, como tigres e leões, e os menos interessantes para os ladrões, como as tartarugas. Estes sofreram longos dias sem nenhuma alimentação.

É neste ponto que começa a história que inspirou OS LEÕES DE BAGDÁ. As notícias sobre o zoológico correram o mundo, da situação precária do local à eventual fuga dos quatro leões tornados famosos por Brian K. Vaughan.

Leões e tigres resistem a saques no zoológico de Bagdá http://www.picarelli.com.br/clipping/clip200403b.htm

Leões famintos atacam os marines [Jornal da Tarde]
http://mypet.terra.com.br/noticias.asp

Leões escapam de jaula em zoológico de Bagdá [UOL/Reuters]http://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2003/04/21/ult729u23960.jhtm


Fonte
http://web.hotsitepanini.com.br/leoesdebagda/index.php

2 comentários:

Rodrigo De Presbiteris disse...

Deve ser emocionante esses quadrinhos. Eu que não sou consumidor desse material estou curioso para ver como é, onde eu posso comprar um livro desses?

Sr. R disse...

Rodrigo

Essa obra poderá ser encontrada em todas as grandes Bancas de Jornais do Brasil, a partir desse mês.

Um Abraço!