segunda-feira, novembro 27, 2006

Cientistas usam vírus para fazer minibaterias

Estudiosos dos EUA alteraram código genético viral para criação de bateria biológica do tamanho de um grão de arroz.

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, descobriram uma forma de usar vírus para a fabricação de baterias de lítio ultrafinas com capacidade de armazenamento três vezes superior a de uma bateria normal, considerando o mesmo tamanho e peso.

Manipulando o seu código genético, os cientistas “persuadiram” os vírus a se recobrirem com moléculas de óxido de cobalto e partículas do elemento químico Ouro. A mutação também afeta a forma. Os vírus ganham aparência alongada, como minifios, e passam a funcionar como os pólos elétricos de uma bateria.

Cada “fio viral” tem diâmetro de seis nanômetros, equivalente a seis bilhões de vezes menor que um metro, e 880 nanômetros de comprimento. Uma vez que os genes foram alterados, os vírus podem ser clonados milhões de vezes para produzir baterias tão pequenas quanto um grão de arroz ou tão grandes quanto uma bateria para aparelhos auditivos.

Os “nanofios” podem ser feitos a condições ambientes de temperatura e pressão, o que implica em custos não muito elevados para a produção. Mas o trabalho é delicado na medida em que exige extrema precisão na quantidade de óxido de cobalto e partículas de ouro a serem produzidas.

O grupo de oito estudiosos responsáveis pelo projeto é liderado pelos professores Angela Belcher, Paula Hammond e Yet-Ming Chiang. O trabalho é detalhado na última edição da publicação especializada Science.

Segundo os cientistas a descoberta poderá facilitar o desenvolvimento de baterias mais potentes e usuais para os carros, já que as atuais são muito pesadas e fracas para competir com o petróleo.

Em 2003, Belcher fundou a empresa Cambrios Technologies, na Califórina, cuja proposta é comercializar tecnologias biológicas. Segundo o site da empresa, a Cambrios detém “licensa exclusiva” das tecnlogias desenvolvidas por Belcher.

Fonte
http://idgnow.uol.com.br/

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