quarta-feira, maio 27, 2009

A Grande Transição

Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.

O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral.

Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.

Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.

Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.

Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.

Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.

Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, 
procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes, que estimulem ao avanço e à felicidade.

Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.

Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis. A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.

Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...

A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.


...Mas essas ocorrências são apenas
o começo da grande transição.


A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude. Há, em toda parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.

A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega da maneira espontânea, gerando lamentáveis conseqüências, que se avolumam em desaires contínuos. 

É inevitável a colheita da sementeira por aquele que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos. Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que se lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.

Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui. A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.

Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.

Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.

O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta. Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.

Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.

O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde. São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões.

Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude. A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.

Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão. A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.

As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra. Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial.

A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz. Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia. Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.


Joanna de Ângelis.
(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco,
no dia 30 de julho de 2006, no Rio de Janeiro, RJ).


Fonte
Apresentação em PowerPoint recebida por e-mail.
arquivo .ppt by Ana Spränger - Rio de Janeiro, outubro de 2006.

domingo, maio 17, 2009

Europa lança maior telescópio espacial da história

Dois observatórios vão monitorar estrelas nascendo e a luz formada após o Big Bang.

Dois telescópios espaciais, Herschel e Planck, foram lançados nesta quinta-feira pela Agência Espacial Europeia para investigar os primórdios do Universo e estudar a luz mais antiga existente, formada apenas 380 mil anos após o Big Bang. O Herschel é o maior telescópio espacial que já se tentou colocar em órbita.

Segundo os especialistas, as informações obtidas pelos telescópios têm o potencial de questionar teorias atuais da Física e até trazer evidências da existência de um outro Universo anterior ao atual.
Os telescópios, com custo de US$ 2,89 bilhões, foram lançados a bordo de um único foguete partindo de uma base na Guiana Francesa. Os satélites vão se separar e seguir em rotas diferentes para posições de observação a mais de 1,5 milhões de quilômetros de distância da Terra.


Maior da História

O espelho primário do Herschel, com 3,5 metros de diâmetro, é uma vez e meia maior do que o refletor principal do telescópio Hubble. O telescópio traz inovações tecnológicas que lhe permitem observar, através de nuvens de poeira e gás, estrelas no momento em que elas nascem.

As inovações também permitem que o Herschel observe distâncias inimagináveis no espaço, para ver galáxias que existiram quando o Universo tinha entre a metade e um quinto de sua idade atual. Astrônomos acreditam que, nesse período da história cósmica, a formação de estrelas estava no seu ponto mais prolífico.

"(O telescópio) Herschel vai nos ajudar a entender muito, muito melhor, como as estrelas se formam nesse exato momento e como elas vêm se formando em bilhões de anos de história cósmica", disse Göran Pilbratt, cientista do projeto Herschel, da Agência Espacial Europeia, à BBC.


"Multiverso"

O outro telescópio, Planck, vai mapear o céu com ondas de luz de comprimentos ainda mais longos, na porção de micro-ondas do espectro eletromagnético. O Planck vai fazer as medições mais detalhadas daquilo que os cientistas chamam Cosmic Microwave Background (CMB), a Radiação Cósmica de Fundo.

Formado 380 mil anos após o Big Bang, esse sinal tênue de micro-onda é o calor remanescente da grande explosão que originou o Universo, a "luz mais antiga" existente, e que ainda cerca o Universo nos dias de hoje. 

"(O telescópio) Planck tem a visão mais apurada até hoje, os instrumentos mais sensíveis e a gama mais ampla de frequência" disse o cientista do projeto Planck da ESA, Jan Tauber. "Ele vai nos permitir identificar todas as características básicas do Universo com grande precisão - sua idade, seus conteúdos, como evoluiu, sua geometria, etc."

Uma questão-chave envolvendo o telescópio Planck diz respeito à chamada "inflação". Ela é a expansão mais rápida do que a luz que, os cosmólogos acreditam, o Universo teria sofrido em seus primeiros momentos de existência. A teoria prevê que este evento tenha sido "impresso" na CMB e que a informação possa ser resgatada com instrumentos suficientemente sensíveis. O Planck foi desenhado para ter essa capacidade.

"Vamos investigar questões nunca estudadas, onde a Física é muito, muito incerta", disse o cientista George Efstathiou, da Cambridge University, na Grã-Bretanha.

"É possível que encontremos uma marca impressa antes do Big Bang, ou é possível que encontremos uma marca de outro Universo e então teremos encontrado evidências de que somos parte de um 'Multiverso'", acrescentou. 

Fonte
http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/

terça-feira, maio 12, 2009

Como funcionarão os propulsores de luz

Há mais de 20 anos, os EUA começaram a desenvolver um sistema de defesa contra mísseis que ganhou o apelido de "Guerra nas Estrelas".

Esse sistema foi projetado para rastrear e derrubar mísseis lançados por países estrangeiros utilizando lasers. Embora esse sistema tenha sido projetado para a guerra, os pesquisadores encontraram muitos outros usos para esses lasers de alta potência. Na verdade, eles poderiam até mesmo ser usados para colocar uma nave espacial em órbita e chegar a outros planetas.

Para alcançar o espaço, atualmente, utilizamos o ônibus espacial, que tem que carregar toneladas de combustível e possuir dois enormes foguetes propulsores atrelados a ele para tirá-lo do chão. Os lasers poderiam permitir que os engenheiros desenvolvessem espaçonaves mais leves, que não precisariam de uma fonte de energia a bordo. Esse veículo, chamado de nave de luz, funcionaria ele mesmo como motor, e a luz - uma das fontes de energia mais abundantes do universo - seria o combustível.

A idéia básica por trás do propulsor de luz é o uso de lasers para aquecer o ar até ele explodir, impelindo a espaçonave para a frente. Se funcionar, o propulsor de luz terá menos de um milésimo do peso e será milhares de vezes mais eficiente do que os motores químicos de foguetes - e não haverá produção de poluição. Neste artigo, veremos duas versões desse sistema avançado de propulsão - um deles poderá nos levar até a lua em apenas cinco horas e meia, e o outro poderá nos levar em uma viagem pelo sistema solar na "auto-estrada de luz".


Nave de luz propulsionada a laser

Foguetes propulsionados a luz lembram alguma coisa relativa à ficção científica - uma nave espacial que passeia no espaço sobre um feixe de laser, que precisa de pouco ou nenhum propelente a bordo e não cria poluição. Isso parece bastante artificial, considerando que não conseguimos desenvolver nada que chegasse perto disso na Terra para viagens convencionais, tanto terrestres quanto aéreas. Mas, mesmo que isso só vá acontecer dentro de 15 a 30 anos, os princípios por trás da nave de luz já foram testados com êxito várias vezes. Uma empresa chamada Lightcraft Technologies (em inglês) continua a refinar a pesquisa que começou no Rensselaer Polytechnic Institute em Troy, N.Y.

A idéia básica da nave de luz é simples: a nave usa espelhos para receber e focalizar o feixe de laser incidente para aquecer o ar, o qual explode para impelir a nave. Veja abaixo os componentes básicos desse revolucionário sistema de propulsão:
  • laser de dióxido de carbono - a Lightcraft Technologies usa um Sistema de Teste de Vulnerabilidade de Laser Pulsado (PLVTS), um descendente do programa de defesa "Guerra nas Estrelas". O laser pulsado de 10 kW usado para a nave de luz experimental está entre os mais poderosos do mundo.
  • espelho parabólico - o fundo da espaçonave é um espelho que focaliza o feixe do laser sobre o ar do motor ou propelente a bordo. Um espelho secundário parecido com um telescópio, com transmissor baseado em terra, é usado para direcionar o feixe do laser sobre a nave de luz.
  • câmara de absorção - o ar de entrada é direcionado para essa câmara, onde é aquecido pelo feixe, se expande e propulsiona a nave.
  • hidrogênio a bordo - uma pequena quantidade propelente de hidrogênio é necessária para empuxo do foguete quando a atmosfera é muito fina para fornecer ar suficiente.
Antes do lançamento, um jato de ar comprimido é usado para girar a nave de luz a aproximadamente 10.000 rotações por minuto (RPMs). O giro é necessário para estabilizar o artefato giroscopicamente. Imagine esta situação no futebol americano: o zagueiro aplica um giro na bola quando faz o arremesso, para ter um passe mais preciso. Quando o giro é aplicado a essa nave extremamente leve, ele faz que ela atravesse o ar com maior estabilidade.

Quando a nave de luz está girando a uma velocidade adequada, o laser é ligado, impulsionando a nave no ar. O laser de 10 kW pulsa a uma taxa de 25-28 vezes por segundo. Pulsando, o laser continua a empurrar a nave para cima. O feixe de luz é focalizado pelo espelho parabólico no fundo da nave de luz, aquecendo o ar entre 9.982 e 29.982ºC - várias vezes mais quente do que a superfície do Sol. Quando se aquece o ar a essas temperaturas altas, ele é convertido em um estado de plasma - esse plasma, então, explode para propulsionar a nave para cima.

A Lightcraft Technologies, Inc., com patrocínio do FINDS, e financiado pela NASA (em inglês) e pela Força Aérea Americana, testou um pequeno protótipo da nave várias vezes no lançador de mísseis White Sands, no Novo México. Em outubro de 2000, a nave de luz em miniatura, com diâmetro de 12,2 cm e pesando apenas 50 g, atingiu uma altitude de 71 m.

Essa nave de luz movida a laser poderia também usar espelhos, localizados na nave, para projetar um pouco da energia concentrada à frente da nave. O calor do feixe de laser criaria uma ponta de ar que desviaria algum ar atrás da nave, diminuindo assim o arrasto e reduzindo a quantidade de calor absorvida pela nave de luz.


Nave de luz propulsionada por microondas

Outro sistema de propulsão que está sendo considerado para uma classe diferente de naves de luz envolve o uso de microondas. A energia da microonda é mais barata que a do laser e torna mais fácil obter potências maiores, mas exige uma nave com diâmetro maior. As naves de luz a serem projetadas para esse tipo de propulsão se pareceriam mais com discos voadores (agora, estamos mesmo entrando no mundo da ficção científica). Essa tecnologia levará mais tempo para ser desenvolvida do que a nave de luz propelida a laser, mas poderá nos levar a planetas distantes. Os pesquisadores que a desenvolvem também visualizam milhares dessas naves movidas a luz, alimentadas por uma frota de estações de energia em órbita, que substituirão as viagens com linhas aéreas convencionais.

A nave de luz movida a microondas também utilizará uma fonte de energia não integrada à nave. Com o sistema de propulsão movido a laser, a fonte de energia fica baseada em terra. O sistema de propulsão a microondas contornará isso. A nave espacial propelida a microondas dependerá da energia fornecida por estações de energia solar em órbita. Em vez de ser propelida para longe de sua fonte de energia, a nave será atraída por ela.

Antes que essa nave possa voar, os cientistas terão que colocar em órbita uma estação de energia solar de 1 km de diâmetro. Leik Myrabo, que lidera as pesquisas sobre naves de luz, acredita que essa estação de energia poderia gerar até 20 gigawatts de potência. Orbitando a 500 km acima da Terra, essa estação de energia poderia fornecer energia de microondas para uma nave de luz em forma de disco de 20 m, capaz de transportar 12 pessoas. Milhões de pequenas antenas, cobrindo a parte de cima da nave, converteriam as microondas em eletricidade. Em apenas duas órbitas, a estação de energia seria capaz de acumular 1.800 gigajoules de energia e irradiar 4,3 gigawatts de potência para a nave fazer o passeio pela órbita.

A nave movida a microondas seria equipada com dois ímãs poderosos e três tipos de motores de propulsão. As células solares, cobrindo a parte superior da nave, seriam usadas por ela, no lançamento, para produzir eletricidade. A eletricidade, então, iria ionizar o ar e propelir a nave para pegar os passageiros. Uma vez lançada, a nave movida a microondas usaria seu refletor interno para aquecer o ar a sua volta e ultrapassar a barreira do som.

Quando atingisse uma altitude elevada, inclinaria de lado para atingir velocidades hipersônicas. Metade da potência da microonda poderia, então, ser refletida à frente da nave para aquecer o ar e criar uma ponta de ar, permitindo à nave atravessar o ar a até 25 vezes a velocidade do som e atingir a órbita. A velocidade máxima da nave chega a cerca de 50 vezes a velocidade do som. A outra metade da potência da microonda é convertida em eletricidade pelas antenas receptoras da nave, sendo usada para energizar seus dois motores eletromagnéticos. Esses motores, então, aceleram a pressão negativa ou o ar que flui em volta da nave. Acelerando a pressão negativa, a nave é capaz de cancelar qualquer ruído sônico, fazendo com que ela fique completamente silenciosa em velocidades supersônicas.



Fonte
http://ciencia.hsw.uol.com.br/propulsores-de-luz.htm

sábado, maio 09, 2009

Os Ensinamentos de Sri Paramahamsa Ramakrishna

como meio de unir-se a Brahman (O Absoluto)

Sri Paramahansa Ramakrishna foi uma das poucas pessoas, registradas pela história, que conquistaram com sucesso a meta espiritual: vivenciar a Realidade Última, unir-se a Brahman - O Incognoscível.

Ramakrishna foi um dos pioneiros a falar do convívio pacífico e harmonioso entre as diferentes religiões e credos, e pregar a irmandade entre seus diferentes seguidores. Sua vida foi uma busca constante, e com êxito, por Deus, e assim alcançou diversas vivências místicas e espirituais, além de deixar importantes e profundos ensinamentos para a humanidade.


Introdução

Sri Paramahansa Ramakrishna é considerado um divisor de águas para a história da espiritualidade recente da Índia, antes Dele o Hinduísmo (Sanâtana-Dharma) e seus rituais eram vistos cada vez mais como práticas supersticiosas responsabilizadas pelo pouco desenvolvimento intelectual e material do país e também pela miséria do seu povo. Ramakrishna em uma atitude oposta re-afirma a importância da prática espiritual constante e devolve ao seu povo o orgulho de serem herdeiros de uma importante tradição espiritual.

Sri Ramakrishna foi também o precursor do estudo comparado das diferentes religiões, durante sua vida praticou e chegou aos estágios mais elevados da espiritualidade pela via do Hinduísmo, Tantrismo, Cristianismo, Islamismo etc. Para ele todos os caminhos (religiões) eram igualmente válidos se levassem a Deus.

Por seu exemplo mostrou a importância fundamental do bom humor e de uma pureza, tão doce quando a das crianças, para o desenvolvimento da espiritualidade.

É, por muitas pessoas, das mais diferentes tradições, considerado como uma das Encarnações Divinas. Ramakrishna costumava dizer: “Aquele que havia sido Cristo, Rama, Krishna, Buda e Chaitanya, era, agora, Ramakrishna”.

Ramakrishna ensinou e orientou o desenvolvimento espiritual de seu grupo de discípulos em qual se destacou Swami Vivekananda, um dos pioneiros a trazer a mensagem da Vedanta, da Yoga e da Meditação para o Ocidente.

O propósito deste trabalho é trazer aos dias atuais, agitados e carentes de espiritualidade, a mensagem Daquele que pode ter sido uma das Encarnações Divinas: Sri Paramahamsa Ramakrishna. Seus ensinamentos e atitudes foram as maiores demonstrações da prática de Bhakti Yoga – a atitude devocional.


Objetivo

Resgatar o personagem Ramakrishna e sua história para os dias atuais, falando dele dentro do meio acadêmico através das perspectivas e experiências de pessoas que têm alguma vivência profunda com sua mensagem.


Desenvolvimento

A melhor forma de se conhecer um assunto é aprendê-lo com as pessoas que já o dominam por terem dedicado muitos anos, quando não uma vida inteira, ao seu estudo e prática constante. Por esse motivo este trabalho foi feito baseado em transcrições de entrevistas gravadas em áudio com pessoas que têm longa história e vivência cotidiana com os ensinamentos de Sri Ramakrishna.

Sri Ramakrishna destacou-se na prática do Bhakti Yoga, a seguir segue a definição de cada um dos tipos de Yoga.

Hatha Yoga:
(“Yoga Forte” ou “Yoga da Força”). Yoga da disciplina física que almeja ao despertar do poder da serpente (kundalinî-shakti) e à criação de um corpo divino e indestrutível (divya-deha).

Jnâna Yoga:
(“Yoga da Sabedoria”). O Yoga não-dualista da sabedoria autotranscendente, baseado no cuidadoso discernimento (viveka) entre o Real (i.e., o Si Mesmo) e o ilusório (i.e., o ego e a Natureza).

Raja Yoga:
(“Yoga Real”). Designação tardia do Yoga óctuplo de Patanjali, inventada para contrapô-lo ao Hatha-Yoga.

Karma Yoga:
(“Yoga da Ação”). Um dos principais tipos de Yoga, que consiste na prática autotranscendente de ações conformes ao ser íntimo (sva-bhâva) da pessoa e às suas obrigações morais (sva-dharma).

Bhakti Yoga:
(“Yoga da Devoção”). Um dos principais ramos ou cami-hos do Yoga hindu. É o caminho do amor a Deus, a seus representantes e às suas criações.


Alguns Ensinamentos
  1. Lembre-se sempre (do Absoluto). [Smara Smara em sânscrito]
  2. Dharma é a constituição interna de uma coisa. Logo, o dharma básico de um ser humano é comportar-se humanamente; agir com humanidade.
  3. O ser humano às vezes deve se comportar como a serpente que silva, para afastar o perigo ao redor, mas não ataca por maldade.
  4. Um homem chora rios de lágrima por mulher ou ouro mas não é capaz de derramar uma única lágrima por Deus.
  5. Aquele que havia sido Cristo, Rama, Krishna, Buda e Chaitanya, era, agora, Ramakrishna.

Considerações Finais

Sri Ramakrishna através das constantes práticas de Bhakti Yoga e estados contemplativos, vivenciou os mais diferentes êxtases espirituais. É considerado como "Yogue Perfeito" por ter atingido muitas vezes Nirvikalpa-Samâdhi.


Referências Bibliográficas:
1.TAIMNI, I. K. A Ciência do Yoga, Brasília, Ed. Teosófica, 2006.
2.PATANJALI. Yoga Sutras de Patanjali, Brasília, Ed. Pensamento, 1997.
3.SHANKARA. Viveka Chudamani - A Jóia Suprema do Discernimento, São Paulo, Ed. Pensamento, 1997.
4.M, Mahendranath Gupta. The Gospel of Sri Ramakrishna, New York, Ramakrishna-Vivekananda Center of New York, 1942.
5.SARADANANDA, Swami. Sri Ramakrishna, The Great Master, Madras, Ramakrishna Math, 1952.
6.COCUZZA, Felipe. Ramakrishna, O Grande Avatar, São Paulo, Madras, 1997.
7.ABHEDANANDA, Swami. O Evangelho de Sri Ramakrishna, São Paulo, Ed. Pensamento, 1976.
8.FEUERSTEIN, Georg. A Tradição do Yoga, São Paulo, Ed. Pensamento, 2001.
9.Entrevistas com:

  • Swami Nirmalatmananda - Presidente da Ordem Ramakrishna
  • Prof. Shotaro Shimada - Professor de Yoga
  • Eduardo Chohfe - Assistente voluntário da Ordem Ramakrishna
  • Swami Sunirmalananda - Monge da Ordem Ramakrishna
  • Luiz Fernando Mingrone (Enki) - Professor de Yoga
  • Vitor Hugo França - Professor e escritor de Xamanismo
  • Wagner Borges - Professor e escritor de Projeção Astral e Espiritualidade





Autor:

Fabio Mocci Camargos
contato@fabioterapeuta.com.br

Não é preciso pedir autorização para ou autor ou mencioná-lo (se não quiser ou não couber) em qualquer uso ou reprodução, o mesmo não acredita em propriedade privada. Todo conteúdo (monografias, artigos, textox, posts, fotos) que ele produz é de todos segundo ele.

Neste link está o trabalho original com outros materiais relacionados para download:
http://www.fabioterapeuta.com.br/yoga/sri-paramahamsa-ramakrishna

quarta-feira, maio 06, 2009

A influência dos heróis na vida das crianças

Entenda como esses personagens podem influenciar a formação da personalidade do seu filho

Estudo revela que os heróis estimulam as crianças a defender ideais, proteger os mais fracos e combater o inaceitável.

Super-Homem, Homem-Aranha, Batman. Branca de Neve, Cinderela, Chapeuzinho Vermelho. Os super-heróis dos desenhos e histórias em quadrinhos e os heróis e heroínas dos contos de fadas são muito presentes na vida das crianças, assim como foram na sua infância. Mas, afinal, qual é o poder desses heróis na vida dos pequenos? Um estudo realizado pela fábrica de brinquedos Mattel do Brasil, em parceria com o Instituto GFK Indicator, revela que eles não só influenciam o dia a dia das crianças como são essenciais para a formação da personalidade do seu filho.

Segundo Lidia Aratangy, psicóloga e consultora da pesquisa, é nessa relação da criança com os super-heróis que são plantadas as sementes de valores, como ética, coragem, humildade. "Nos contos de fadas, os heróis são os mais humildes e bondosos da família ou da aldeia. São os que aceitam enfrentar a perigosa tarefa que irá salvar o reino, o rei, o pai", diz.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores observaram um grupo de meninos de 6 a 10 anos, estimulado a construir uma história de encontro com seu super-homem, com etapas que vão até o momento em que o garoto se transforma em herói. No enredo inventado, não aparece somente o poderoso, mas aquele que tem seus momentos de fraqueza e medos. "Essas fragilidades abrem a brecha para o processo de identificação [da criança com o personagem]. Na maioria das histórias, é o garoto que tira o herói da dificuldade, para então se tornar seu aprendiz", afirma a especialista.

E os vilões, que seriam o lado do mal da história, valorizam ainda mais a razão de ser do herói. Eles são importantes para que a criança saiba que o mal também existe. "Porém, ao final de uma história, quando os heróis são agraciados ou recompensados, é uma demonstração de que o bem pode triunfar", diz. E a pesquisa foi além: as crianças que participaram do estudo demonstraram compreender que as características dos vilões são inerentes a qualquer pessoa. Segundo Lidia, as crianças reconhecem seu lado invejoso, ciumento, vaidoso e a capacidade destrutiva de cada um. Ou seja, por meio das histórias, são capazes de entender que somos todos contraditórios.

Se você tem receio de como as lutas entre o bem e o mal que habitam as histórias podem incentivar a violência, saiba que elas são benéficas ao ensinar que até mesmo num conflito é possível ser ético. "O incentivo à violência vem de uma cultura violenta, e de pais que perdem o controle e podem ficar violentos", afirma Lidia.


O papel dos pais no imaginário infantil


Não se assuste se um dia o seu filho resolver que só vai atender a um chamado seu se você se referir a ele como Batman. "Essa fuga [da realidade], esse exercício da fantasia, é inevitável, faz parte do desenvolvimento humano – e pode ser benéfica. É uma forma de ele se aproximar do ídolo, no processo de identificação", afirma Lidia.

A presença dos pais, no entanto, é fundamental no mundo imaginário da criança. "Qualquer personagem, real ou imaginário, pode ser positivo ou negativo, dependendo da leitura que se faz. Por isso, é importante a presença dos pais (ou avós) junto da criança, ajudando-a a fazer uma interpretação correta do que vê", afirma a especialista.

No estudo também foi analisada a visão dos pais sobre o imaginário da criança, e o resultado revelou como as brincadeiras com bonecos representando heróis no contexto da família aproximam filhos e pais, além de ser instrumentos de educação.

E você, também gosta de super-heróis? Há uma explicação para que as salas de cinema de filmes com esses personagens estejam sempre lotadas de adultos. "Continuamos a precisar de heróis pela vida afora. Precisamos que nos reassegurem que existe a possibilidade de vencer o mal. E que ele pode ser combatido eticamente", diz Lidia


Fonte
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/

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sexta-feira, maio 01, 2009

Mito da Caverna de Platão

O mito da caverna é uma das famosas parábolas escritas por Platão. A ideia consiste em pessoas que vivem numa caverna e acreditam que o mundo real é aquilo que aparece na parede: sombras formadas pela luz que entra pela única fresta existente. Estas pessoas lutam contra qualquer um que diga o contrário. Acima, uma história em quadrinhos do Piteco, personagem do Maurício de Souza, que capta perfeitamente a essência do que Platão queria dizer sobre as sombras que limitam nossa vida.